Declaração de voto de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre a preparação do Programa de trabalhos da comissão para 2018

Dívida, Euro, Banca.
Três eixos fundamentais de acção e ruptura necessária com os constrangimentos da União Europeia.
A resposta à dívida, que nalguns Estados-Membro está entre as maiores do mundo, exige o início e apoio a processos de renegociação da dívida pública, nos seus prazos, montantes, e juros, a par do anulamento da sua componente ilegítima, garantindo que o serviço da dívida seja compatível com o desenvolvimento social e económico de cada país.
Romper com o garrote que é o euro, instrumento político de concentração e controlo económico, que impôs uma brutal dinâmica de divergência na Zona Euro, exige a criação programas de apoio àqueles países que considerem que a sua permanência no Euro se tornou insustentável e insuportável, prevendo a adequada compensação pelas perdas provocadas, no quadro de uma saída negociada da moeda única.
Rejeitar e abandonar a União Bancária, significa libertar os países da estratégia de concentração, centralização e alienação da banca nacional para o estrangeiro, como caminho necessário para retomar o controlo público e democrático do sistema bancário.
Nenhum povo está condenado a ficar amarrado a estes ou outros constrangimentos da UE, contrários aos seus interesses e soberania.
E será da vontade dos povos e da sua luta, que se construirá a alternativa ao futuro de empobrecimento e exploração que se adivinha em qualquer dos vossos cenários. Será essa luta a abrir caminho a uma outra Europa, de paz e de cooperação, de progresso e de justiça social, de Estados livres, soberanos e iguais em direitos.

  • União Europeia
  • Declarações de Voto
  • Parlamento Europeu