Sobre o aumento dos<br />Nota da Comissão do PCP

1 - O Governo acaba de decidir um novo aumento dos preços dos passes sociais e dos bilhetes dos transportes públicos a partir de 1 de Março. Os passes têm um aumento de 2,5% e atingem preços elevados tendo em conta os orçamentos familiares. Após o aumento o passe L custa €20,65 (4139$00), o L1 €27,75 (5563$00), o L12 €33,40 (6696$00) e o L123 €37,95 (7608$00). Nos bilhetes os aumentos são diversificados, mas há alguns, como a tarifa de bordo da CARRIS em que os aumentos atingem 5,88%. É uma decisão errada, injusta e que não contribui para o crescimento do uso dos transportes públicos que razões económicas e ambientais cada vez mais exigem. Portugal apresenta das mais elevadas taxas de cobertura pelas receitas directas (passes e bilhetes) na exploração das empresas de transportes entre países da União Europeia e os preços dos passes sociais têm vindo a aumentar acima dos valores da inflação e dos salários, atingindo já, no caso do passe L123, 11% do salário mínimo nacional, o que significa um peso muito grande nos orçamentos familiares.2 - Ao mesmo tempo, o PS e o PSD propõem a privatização de linhas de caminho de ferro e, o PSD, inclui mesmo os transportes urbanos, propósitos que, vendo as consequências da privatização da Rodoviária Nacional, só podem contribuir para a diminuição da qualidade de serviço e da segurança dos passageiros, para novos e elevados aumentos de preços e para fazer crescer a ameaça sobre os passes sociais. 3 - Opondo-se a estas medidas erradas, o PCP, no seu Programa Eleitoral para as eleições de 17 de Março, renova o compromisso de apresentar na Assembleia da República, propostas de melhoria dos transportes públicos e de valorização dos passes sociais, designadamente: a garantia que o passe social seja válido em todos os operadores de transportes de passageiros na Região de Lisboa e Setúbal; o alargamento das coroas de utilização do passe social, permitindo que os passes abranjam novas localidades e que sejam válidos por extensão, além das coroas, para áreas suplementares; a criação de Autoridades Metropolitanas de Transportes.

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