Declaração de João Oliveira, membro da Comissão Política do Comité Central, Declaração à imprensa

Sobre a Mensagem de Ano Novo do Presidente da República

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A mensagem do Presidente da República é essencialmente uma mensagem de constatação dos problemas que o país atravessa.

O Presidente da República entendeu, de facto, dar destaque, digamos assim, à identificação desse elenco de problemas que afectam a vida dos portugueses.

Aquilo que nós queríamos acrescentar é que queríamos também deixar claro que é preciso mudar de políticas e é preciso, em primeiro lugar, mudar de políticas no sentido de termos uma política que garanta o cumprimento da Constituição e os direitos que a Constituição consagra, seja com o aumento dos salários e de pensões, com respostas que garantam o acesso aos cuidados de saúde e o reforço do Serviço Nacional de Saúde, seja com medidas para garantir o acesso à habitação e evitar que aqueles que têm empréstimos ou casas arrendadas percam as suas habitações, com medidas que valorizem a escola pública. Essa política diferente, essa política alternativa de que o país precisa, que encontra na Constituição uma referência para a sua concretização, digamos assim, que está nas mãos dos portugueses criarem as condições para que ela seja concretizada.

Mas tem também uma responsabilidade grande da parte do Presidente da República que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição.

E, portanto, espera-se também que o Presidente da República cumpra as suas responsabilidades.

E deste ponto de vista, dê também o contributo que se lhe é exigido, para que essa política alternativa possa de facto ser concretizada.

As eleições são, de facto, um momento de clarificação e uma oportunidade que os portugueses têm para criar condições para que, de facto, a situação do país se altere e para que as necessidades dos trabalhadores e do povo possam ter, de facto, uma perspectiva de serem correspondidas.

As eleições não mudam tudo, mas podem criar condições para que as coisas mudem e sobretudo, com uma grande votação CDU criam-se condições de facto para uma política alternativa.

Para uma política de esquerda que verdadeiramente coloque no centro as necessidades de valorização das condições de vida, de combate ao aumento do custo de vida, de garantia de uma perspectiva diferente para o nosso futuro.

Uma perspectiva de futuro que seja de facto, de desenvolvimento e de progresso e não de injustiças sociais e de retrocesso como tem sido nos últimos anos.

Os problemas do país são graves, mas há alternativa.

É preciso juntar forças para construir essa alternativa.

E eu insistiria, sobretudo com o reforço da CDU.