Declaração de Paula Santos, Deputado do PCP à Assembleia da República e membro da Comissão Política do Comité Central do PCP

Sobre a marcação de eleições antecipadas

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O PCP entende que a dissolução da Assembleia da República e a realização das eleições legislativas decidida pelo PR corresponde à clarificação da atual situação.

Na nossa opinião as eleições deveriam ser mais cedo. Não há razões que justifiquem o protelamento das eleições em nome da aprovação de um Orçamento do Estado que não dá resposta aos problemas mais prementes dos trabalhadores e do povo, seja nos salários e pensões, na saúde, na habitação ou na educação. 

Prosseguindo a discussão do Orçamento, o PCP não deixará de intervir com propostas e soluções concretas que são necessárias para elevar as condições de vida, reforçar os serviços públicos e garantir o acesso aos direitos que a constituição consagra.

A resolução dos problemas que afetam todos os dias a vida dos trabalhadores e do povo exige a rutura com a opção política de favorecimento dos grupos económicos, do Governo PS, no que é acompanhado por PSD, CDS, IL e CH como se pode confirmar pela vontade comum de quererem ver este Orçamento do Estado aprovado. A resolução dos problemas exige uma política alternativa e uma alternativa política, patriótica e de esquerda, em que o reforço do PCP e da CDU é condição para valorizar salários e pensões, para reforçar o SNS e a Escola Pública, para garantir o direito à habitação, o controlo público de setores estratégicos da economia, uma justa política fiscal, a promoção da produção nacional. O PCP confia que com o seu reforço as eleições constituam uma oportunidade para abrir caminho uma política que dê resposta aos problemas do povo e do país.

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