Declaração de voto de João Ferreira no Parlamento Europeu

Sobre o futuro do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio (INF) e o impacto na União Europeia

O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio contribuiu para consolidar e reforçar a estabilidade e reduzir significativamente o número de mísseis na Europa. Trata-se de um instrumento importante para a consolidação da paz, que deve ser preservado e reforçado.

Todavia, a resolução apresentada procura incidir maioritariamente as suas críticas sobre a Federação Russa, omitindo, por um lado, que foram os EUA que cedo ameaçaram com a sua retirada do Tratado e, por outro lado, escondendo a postura agressiva, de confronto e de autêntico cerco à Rússia que tem sido levada a cabo por EUA, UE e NATO com a mobilização de armamento e tropas para junto das suas fronteiras. Criticamos a UE e a maioria dos governos dos seus Estados-Membros, incluindo o português, por pouco contribuírem para o desarmamento, em particular o nuclear. Relembramos que estão em curso políticas de autêntico rearmamento da UE, com o patrocínio da NATO, e que até agora só um Estado-Membro, a Áustria, assinou e ratificou o Tratado das Nações Unidas sobre a Proibição de Armas Nucleares.

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