Declaração de voto de João Ferreira no Parlamento Europeu

Sobre o direito à manifestação pacífica e o uso proporcionado da força

A UE não é nenhuma referência na defesa da democracia, da liberdade ou da igualdade. Pelo contrário, são as políticas de carácter explorador e opressor da UE e de vários Governos nacionais que degradam condições de vida, aumentam desigualdades, atacam direitos laborais e sociais, aumentam a pobreza, cortam salários, degradam serviços públicos, limitam liberdades e atacam a democracia. É contra esta violência e estas políticas que lutam os trabalhadores e os povos, das mais diversas formas

E é contra essa luta que se tem vindo a exercer de variadas formas uma crescente repressão, indissociável dos objetivos de levar mais longe a exploração e o ataque aos direitos e à democracia.

Rejeitamos que a UE assuma competências que cabem exclusivamente aos Estados, nomeadamente em matéria de direitos liberdades e garantias.

Denunciamos a tentativa de branqueamento da UE que esta Resolução exercita, bem expressa na hipocrisia e contradição dos que, condenando a repressão, apoiam os governos que a exercem e defendem políticas antidemocráticas – como os subscritores desta e de outras resoluções.

A nossa abstenção tem unicamente que ver com a necessidade de denunciar e condenar a repressão da luta dos trabalhadores e dos povos, assuma ela as formas que assumir.

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