A UE não é nenhuma referência na defesa da democracia, da liberdade ou da igualdade. Pelo contrário, são as políticas de carácter explorador e opressor da UE e de vários Governos nacionais que degradam condições de vida, aumentam desigualdades, atacam direitos laborais e sociais, aumentam a pobreza, cortam salários, degradam serviços públicos, limitam liberdades e atacam a democracia. É contra esta violência e estas políticas que lutam os trabalhadores e os povos, das mais diversas formas
E é contra essa luta que se tem vindo a exercer de variadas formas uma crescente repressão, indissociável dos objetivos de levar mais longe a exploração e o ataque aos direitos e à democracia.
Rejeitamos que a UE assuma competências que cabem exclusivamente aos Estados, nomeadamente em matéria de direitos liberdades e garantias.
Denunciamos a tentativa de branqueamento da UE que esta Resolução exercita, bem expressa na hipocrisia e contradição dos que, condenando a repressão, apoiam os governos que a exercem e defendem políticas antidemocráticas – como os subscritores desta e de outras resoluções.
A nossa abstenção tem unicamente que ver com a necessidade de denunciar e condenar a repressão da luta dos trabalhadores e dos povos, assuma ela as formas que assumir.