Situação no Médio Oriente

Na raiz das brutais agressões à Palestina e ao
Líbano está o projecto de domínio do Médio Oriente por parte dos EUA, que
promove a ingerência e o desrespeito da soberania e do direito internacional,
ambicionando tomar o controlo geoestratégico e dos amplos recursos energéticos
desta região.

Num quadro de
contradições, a concertação tem prevalecido entre as grandes potências da UE e
os EUA, veja-se o processo de elaboração da resolução 1701. A UE nunca condenou
a agressão israelita e exigiu o cessar-fogo ou o respeito da legalidade
internacional.

A realidade não pode ser escamoteada através da
transformação da vítima no agressor e do agressor na vítima. É Israel que ocupa
ilegalmente territórios árabes, que não respeita inúmeras resoluções da ONU e
que activamente inviabiliza a criação de um Estado palestiniano independente e
soberano através de uma política de terrorismo de estado.

A paz nesta região passa necessariamente pela
retirada de Israel de todos os territórios árabes ocupados, pelo
desmantelamento dos colonatos e do muro, pela libertação dos presos políticos,
pelo regresso dos refugiados, pela criação de um Estado palestiniano
independente e soberano, com capital em Jerusalém Leste. Assim como pela
garantia de todos os Estados à sua soberania e segurança, pela desmilitarização
e desnuclearização desta região.

 

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