Declaração de voto de João Ferreira no Parlamento Europeu

A situação no Haiti um ano após o sismo: ajuda humanitária e reconstrução

A realidade no terreno evidencia o que a resolução parece querer esconder, ou seja que a preocupação principal dos EUA, a que a UE se juntou, foi assegurar e perpetuar a ingerência política para assegurar a dominação económica e geoestratégica sobre o Haiti, passando por cima do drama humano há décadas os haitianos vêm vivendo. Depois de lhe terem imposto, através do FMI e do Banco Mundial, políticas de ajustamento estrutural que destruíram a sua economia e provocaram uma situação social catastrófica, os EUA responderam ao sismo do ano passado com uma invasão militar.

A tudo isto veio recentemente juntar-se uma epidemia de cólera que se sabe hoje ter tido origem nos soldados da missão da ONU no país, a MINUSTAH (apesar desta negar responsabilidades). Sobre estes factos a maioria do parlamento não diz nada. E também nada diz sobre quem tem tido perante o Haiti uma atitude de verdadeira solidariedade: Cuba e a ALBA. Cuba enviou médicos e pessoal especializado que, até agora, trataram mais de 50 mil pessoas contra a cólera e, com a ajuda das autoridades haitianas, foi já possível chegar às comunidades mais isoladas, garantindo desse modo que nenhum cidadão desse país ficasse sem assistência para enfrentar a cólera, permitindo assim salvar milhares de vidas.

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