Situação na Venezuela

Actos violentos de destruição do património público, como o pegar fogo a instituições, centros de saúde e jardins de infância, matando crianças, assassinatos de pessoas à queima roupa e de forma indiscriminada, são certamente crimes graves e em qualquer um dos nossos países, aqueles que os cometeram ou organizaram ou incentivaram são julgados e punidos e ninguém admitiria colocar isso em causa.

Mas na Venezuela, que muitos deputados aqui se esqueceram que já conta com mais de 200 anos de independência, segundo os senhores, as vítimas são quem provocou estas mortes. E as pessoas que morreram e ficaram feridas, essas não merecem nem ser mencionadas que se faça justiça. Neste momento, estão detidas 34 pessoas na Venezuela acusadas de crimes graves, num processo judicial como em qualquer país do mundo. 14 agentes de autoridade estão também detidos e acusados de uso excessivo da força. O que se exige é o respeito pelas autoridades judiciais de um Estado soberano, que deve ser tratado como igual, e não o vergonhoso tratamento de cariz neocolonial a que se arroga o Parlamento Europeu.

A aprovação hoje desta resolução significa a instrumentalização do PE por um grupito extremista violento que está muito longe de representar a maioria da oposição na Venezuela. Os senhores ficarão com isso na consciência.

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