Intervenção de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Situação na Síria

O povo sírio quer mais democracia e mais justiça. Na Síria, há largos anos, tem existido uma oposição ao governo que o reivindica e que quer alterações no regime político sírio. No entanto, aquilo a que assistimos hoje não é nem uma revolução nem o esmagamento militar de uma revolta popular pacífica. O que assistimos hoje na Síria é a um conflito militar, instigado, armado e acicatado a partir do exterior. Do que aqui se trata é do armamento, financiamento e treino de forças mercenárias e terroristas – a que chamam “Exército Livre Sírio” - por parte da Arábia Saudita, Qatar, Jordânia e Turquia e, segundo diferentes fontes, também dos EUA e França. O que assistimos não é simplesmente a um conflito interno sírio, mas uma operação imperialista de desestabilização – e dos seus aliados - que pretende assegurar o controle de recursos e países do Médio Oriente.

A necessária solução pacífica para o conflito – que defendemos que se realize através do diálogo nacional no quadro da ONU – só terá sucesso se a UE, os EUA e outros países não desrespeitarem a soberania do povo sírio e não ingerirem de nenhuma forma – sobretudo financeira e militar – no conflito existente. Até isso acontecer, supostas intenções de paz são uma pura e simples hipocrisia.

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