Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Jantar/Comício CDU «Avançar é preciso»

«Sim, é possível avançar e vamos avançar, dando mais força à CDU!»

«Sim, é possível avançar e vamos avançar, dando mais força à CDU!»

Uma saudação muito especial a todos os apoiantes e activistas da CDU aqui presentes!

Este ano de 2019 é um ano de importantíssimos combates eleitorais. Combates muito exigentes para todos nós e com grande influência na evolução imediata da vida política nacional, nomeadamente aqueles que têm expressão nacional – as eleições para o Parlamento Europeu e para a Assembleia da República.

São batalhas eleitorais que, tendo cada uma a sua especificidade, vão pesar no seu conjunto e com o reforço da CDU fazer avançar o País.

São batalhas eleitorais que contribuirão com mais votos e eleitos da CDU para concretizar novos avanços nas condições de vida dos trabalhadores e do povo, dar mais força à luta pela concretização de uma política alternativa em Portugal – a política patriótica e esquerda pela qual lutamos – e mais força à exigência de uma Europa a favor dos trabalhadores e dos povos.

A primeira das grandes batalhas eleitorais deste ano está aí já no terreno – a eleição para deputados ao Parlamento Europeu!

Trata-se da primeira batalha e, por ser a primeira, assume uma particular importância.

Precisamos de tudo fazer para que ela seja o início de um caminho de conquista e avanço da CDU!

Demos já o primeiro passo nesta batalha imediata com a apresentação pública do primeiro candidato da lista da CDU – o camarada João Ferreira, aqui connosco, actual deputado no Parlamento Europeu – uma escolha da nossa Coligação com provas dadas de dedicação e entrega ao trabalho e à defesa dos interesses do nosso povo e do País, e sempre presente no apoio e solidariedade aos povos em luta contra a exploração, a opressão e a guerra.

Um candidato com grande experiência e capacidade, e que faz parte de um valoroso colectivo que no Parlamento Europeu assegurou, neste último mandato, um trabalho notável que se distingue das demais forças políticas.

Um trabalho e uma intervenção sustentados em centenas e centenas de intervenções, perguntas, declarações de voto e relatórios assumidos pelo nosso colectivo no Parlamento Europeu.

Uma intervenção bem espelhada no facto de os eleitos pela CDU serem os mais activos, coerentes e intervenientes deputados portugueses representados no Parlamento Europeu.

Um trabalho que só por si merece ser reconhecido e apoiado pelo povo português, renovando a confiança e reforçando a CDU com o seu apoio e o seu voto.

Um trabalho que nos honra e não é exagero afirmar que a nossa intervenção é a única verdadeiramente comprometida com os interesses nacionais, seja quando combatemos as decisões que os prejudicam, seja reclamando e procurando aproveitar todos os recursos, meios e possibilidades a favor do povo e do País.

Isso está patente no seu empenhamento e procura de soluções com propostas concretas para resolver problemas concretos, sejam nos domínios dos direitos laborais e sociais e em defesa do emprego, seja em defesa dos sectores produtivos nacionais, dos serviços públicos, de exigência de programas de apoio para países vitimas da ingerência e da agressão da Troika, como Portugal, de recusa de sanções contra os povos e países, de apoio às populações das zonas percorridas pelos incêndios e tempestades, e em muitos outros domínios.

Um trabalho e uma intervenção que nos permitem convictamente afirmar que vale a pena votar CDU e eleger deputados como os da CDU vinculados aos interesses nacionais e do nosso povo e ao desenvolvimento soberano o País!

Fomos e somos a força que combateu e combate o rumo de desastre imposto ao País pelos partidos do consenso direitista da União Europeia, o consenso do Partido Popular Europeu do PSD e CDS, e do Partido Socialista Europeu do PS que conduziu à crise e acentuou todas as desigualdades.

As eleições para o Parlamento Europeu são o primeiro momento de grandes escolhas que estão colocadas ao nosso povo, neste tempo que é de escolhas decisivas. A escolha entre avançar na solução dos problemas nacionais ou andar para trás. A escolha entre eleger para o Parlamento Europeu quem defenda os trabalhadores e o povo, ou apoiar quem submete o País às imposições da União Europeia.

Sim, nesta eleição a questão não é saber quem melhor defende a União Europeia no País. Já se sabe que esse papel de submissão às imposições da União Europeia é de PS, PSD e CDS.

O que importa é ter na União Europeia, no Parlamento Europeu quem defenda os interesses do povo e do País. Ou seja deputados eleitos pela CDU.

É saber se afirmamos corajosamente o direito soberano do País ao seu desenvolvimento ou se aceitamos a continuação desta opressão nacional. Se aceitamos que o aprofundamento do projecto supranacional de domínio económico e político que nos submete aos ditames dos grandes interesses e das grandes potências, ou se afirmamos a soberania nacional como um elemento fundamental de uma alternativa progressista.

Sim, a escolha que está colocada perante os portugueses em 26 de Maio é entre quem defende a submissão do País às imposições e arbitrariedades da União Europeia – PS, PSD e CDS –, ou quem defende Portugal e dá voz aos interesses os trabalhadores e do povo – a CDU!

Essa força que se bate por uma Europa do progresso e não a do retrocesso social. Que se bate por um Portugal liberto das amarras impostas pela União Europeia e o Euro, rompendo com a dependência. Que se bate pela renegociação da dívida pública, nos seus prazos, juros e montantes. Por uma Europa do desenvolvimento económico e não a da estagnação e do declínio. Por uma Europa da democracia e da soberania dos povos e não a das imposições supranacionais. Por uma Europa da paz e da cooperação e não a do militarismo e da guerra.

Essa voz e essa força que se faz ouvir e que defende aqui também no País com a sua acção e decisiva intervenção e iniciativa os interesses dos trabalhadores, do povo e do País, como está patente nestes mais de três anos da nova fase da vida política nacional.

A força que fez com que se avançasse na recuperação de salários, subsídio de Natal, feriados, na valorização de reformas e pensões, na redução de impostos sobre o trabalho, no apoio às famílias libertando-as dos custos dos materiais escolares, reduzindo propinas e aumentando o abono de família, na concretização da eliminação do Pagamento Especial por Conta que pesava sobre as micro, pequenas e médias empresas, e em muitos outros domínios.

Avanços que precisamos de valorizar e lembrar nesta batalha que estamos já a travar!

Um vasto conjunto de medidas que foram determinantes para dinamizar o mercado interno e fazer crescer a economia e o emprego!

E se não se foi, e não se vai, mais longe é porque permanecem fortes constrangimentos que impedem a resposta aos problemas, resultantes das opções do PS e do seu governo minoritário, de submissão ao grande capital, à União Europeia e aos critérios constrangedores do Euro.

É uma evidência que todas estas medidas, conquistas e avanços não existiriam hoje se não fosse a iniciativa e proposta das forças da CDU.

Avanços que foram alcançados por essa razão, simples e objectiva, que foi a de o governo minoritário do PS não ter as mãos completamente livres para impor a sua vontade.

O que se avançou - é bom que os trabalhadores e o povo tenham disso consciência – foi porque o PS não tinha os votos para impor a política que sempre, ao longo de quatro décadas, fez sozinho ou com o PSD e o CDS.

Que não se tenham dúvidas, nas próximas eleições o povo português vai, com o seu voto, tomar decisões importantes que condicionarão o seu futuro.

Vai escolher entre voltar ao caminho que PS, PSD e CDS impuseram nessas últimas quatro décadas, o caminho do empobrecimento, do retrocesso e da retirada de direitos e rendimentos em nome de interesses alheios aos trabalhadores e ao povo ou, pelo contrário, afirmar que é necessário romper as cadeias que nos prendem ao passado e à submissão, enfrentar os poderes que nos exploram e dar mais força à ideia e à possibilidade de Portugal se desenvolver, resolver problemas estruturais e dar melhores condições de vida ao seu povo.

Sim, a verdadeira escolha não é entre ficar na mesma, com problemas por resolver e direitos por cumprir, ou andar para trás para os tempos da troika, do PSD e CDS.

Por isso é tão importante o envolvimento de todos neste combate contra a política de direita e pela alternativa!

Precisamos que cada um seja um combatente nestas batalhas eleitorais que temos pela frente, disponibilizando-nos para fazer uma grande campanha eleitoral de massas que leve a nossa proposta, a nossa opinião, o nosso apelo ao voto na CDU às mais largas e amplas camadas do nosso povo.

São batalhas para travar não apenas pelos candidatos, mas por todos nós e por todos os democratas, todos os patriotas, que aspiram a uma verdadeira mudança no País e na Europa!

Que ninguém fique de fora deste combate!

Temos razões para ir para os combates eleitorais com confiança. Com a confiança de quem sabe que tudo fez para servir os trabalhadores, o nosso povo e País.

Sabemos quão importantes são para a vida dos portugueses e quanto valorizamos cada uma das conquistas e avanços conseguidos. Mas não bastam respostas parciais. A situação do País e a gravidade dos seus problemas exigem uma resposta global, assente numa verdadeira política alternativa patriótica e de esquerda.

Temos afirmado que a solução para os problemas acumulados por anos de política de direita não encontra, nem encontrará, resposta no PS, nem no PSD e no CDS, principais responsáveis pela situação do País.

E se a prova está no seu passado o que vemos hoje mais o confirma. Do PSD e do CDS o que os portugueses podem esperar é o regresso sem olhar a meios do retrocesso social e económico, a liquidação de direitos, saque de salários e rendimentos, e da parte do PS o que se sabe poder contar é com as mesmas opções que têm impedindo a resposta plena aos problemas nacionais.

Mas chegou a hora das eleições e com elas volta o tempo das grandes encenações de PSD, PS e CDS. É o que já se vê com Rangel, Marques e companhia a encenar diferenças de projecto e de propostas a tentar jogar o jogo da bipolarização da alternância sem alternativa, como se fosse muito diferente o papel e a solução política de cada um em relação aos problemas que enfrenta o nosso País e a Europa.

Aí estão já, uns e outros, empenhadíssimos numa espécie de guerra de alecrim e manjerona à volta dos fundos comunitários, mas também no jogo do empurra em relação às responsabilidades de cada um na situação difícil em que a tríade de partidos da troika colocaram o País.

Em relação aos fundos comunitários os principais candidatos do PSD e do PS bem se esfalfam a mostrar serviço, mas o serviço que têm para apresentar na matéria não só é fraco e em prejuízo do País, como as opções nesta matéria são as mesmas que ao longo de décadas têm sido determinadas pela política de direita e feito convergir PS, PSD e CDS.

Querem fazer esquecer que ambos os partidos, ainda não há oito ou nove meses, tenham subscrito um acordo sobre o próximo Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia – “Portugal 2030”, onde estão presentes todos os elementos estratégicos e todas as orientações de aprofundamento da integração capitalista neoliberal e federalista, responsável pelo desenvolvimento desigual, injusto e assimétrico da União Europeia.

Um quadro financeiro que é contrário aos interesses do País, que assume prioridades alinhadas com objectivos supranacionais, reduz o montante global de fundos disponíveis, privilegia a competitividade em prejuízo da coesão, aceita uma maior financeirização e centralização da aplicação dos fundos. Um quadro que se desvia das tarefas da Coesão prejudicando países como Portugal para a defesa e o reforço do militarismo, e ir ao encontro das pretensões de Trump.

Vão também falar muito da Europa ameaçada, instrumentalizando todos os problemas que as políticas da concentração da riqueza, da ortodoxia do défice e dos banqueiros criaram e continuam a criar.

Esta semana recebemos a notícia de que o Novo Banco, entregue pelo Governo a um fundo americano – Lone Star – vai apresentar 1,2 mil milhões de euros de prejuízo que são o resultado de uma pensada gestão de activos que tem como objectivo vender o banco a um gigante bancário ibérico, seguindo a orientação da União Europeia, após uma limpeza do seu balanço à custa de capitais públicos. O que está a acontecer é o resultado de um acordo de venda que permite ao fundo americano obter 3,9 mil milhões de euros do Estado português.

Só a reversão da privatização do Novo Banco pode impedir a entrega de cerca de 8 mil milhões de euros a um grupo privado do sistema financeiro, que são o resultado do processo de Resolução do BES e da venda do Novo Banco à Lone Star. Uma vez mais se coloca com particular evidência a justeza da proposta do PCP: se o Estado paga o Banco, o Estado deve gerir o Banco.

Insinuam-se dificuldades. Que não há dinheiro para tudo, mas, parece que só há dificuldades quando se trata de resolver problemas dos trabalhadores e das populações, porque para a banca e para encher os bolsos do grande capital nunca se levantam problemas. É aos milhões!

O País paga já, e há tempo demais, as consequências das opções desastrosas dos sucessivos governos de política de direita!

Portugal precisa de encetar um caminho verdadeiramente alternativo para resgatar o País da sua dependência e libertar recursos para o seu desenvolvimento.

Portugal precisa de um governo e de uma política que enfrente, sem hesitações, os condicionamentos da União Europeia e os seus instrumentos de usurpação da soberania.

Sim, temos soluções para o País: a defesa e afirmação da soberania nacional; a valorização do trabalho e dos trabalhadores, com melhores salários e pensões, horários dignos, combate à precariedade, melhores condições de trabalho, revogação das normas gravosas da legislação laboral; a promoção da produção nacional; o controlo público dos sectores estratégicos; a valorização dos serviços públicos e das funções sociais do Estado; o acesso de todos à justiça, o combate à corrupção, a taxação do grande capital.

Está nas nossas mãos, na nossa acção colectiva e individual dar corpo às grandes batalhas eleitorais que aí estão e construir uma intensa corrente de mobilização para o voto na CDU.

O voto numa mais justa distribuição da riqueza e que não se resigna perante as injustiças e as desigualdades.

O voto que aposta nas potencialidades e riquezas nacionais e as defende para garantir o desenvolvimento, o progresso e a melhoria das condições de vida dos portugueses.

O voto que dá garantias de que, os que com ele forem eleitos, defenderão os interesses do povo e do País.

O voto que não pactua com o compadrio, a corrupção, o abuso de poder, a submissão do interesse público aos interesses privados.

Esse voto, o voto na CDU que é a marca da diferença que perdura para além das eleições, um voto de gente séria – identificada com os interesses dos trabalhadores e do povo.

O voto que pesa verdadeiramente para dar força a uma alternativa política, patriótica e de esquerda.

Sim, é possível avançar e vamos avançar, dando mais força à CDU!

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