Cumpre-se o que estava previsto desde o início deste processo: dando o dito por não dito, a social-democracia, mais uma vez, cumpre o seu papel e aprova o que há poucos meses, perante a pressão da luta dos trabalhadores, rejeitou.
Assim se dá mais um salto no processo de liberalização do sector dos serviços de assistência em escala nos aeroportos (handling).
O compromisso agora alcançado prevê a possibilidade de um terceiro operador de assistência em terra para os grandes aeroportos com um tráfego anual superior a 15.000.000 passageiros e 200.000 toneladas de carga nos últimos 3 anos.
Os trabalhadores conhecem bem as consequências deste processo de liberalização: perda de direitos, degradação dos salários e precarização das condições de trabalho.
Mais liberalização, o aumento da concorrência entre empresas e a corrida à redução de custos, são os ingredientes para o aprofundamento deste caminho: degradação cada vez maior das condições de trabalho, redução dos postos de trabalho, maiores exigências aos trabalhadores e debilitação das condições de segurança de passageiros.
Para que conste e para que os trabalhadores do sector saibam quem agride os seus direitos, a votação final deste relatório contou com os votos favoráveis do PS, PSD e CDS.