Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Segunda Análise Estratégica da Política Energética

 

Votámos contra este relatório por discordarmos de muitas das propostas que aqui são defendidas, tendo sempre por base a concorrência e a liberalização dos mercados, numa área estratégica onde era fundamental a existência de políticas públicas e propriedade pública dos principais meios de produção energética.

No entanto, votámos favoravelmente várias propostas. Por exemplo, também estamos preocupados com as questões de segurança no que toca aos combustíveis fósseis, como o petróleo e o gás e com a afirmação da relatora sobre a dificuldade da produção mundial ultrapassar os 100 milhões de barris por dia (actualmente 87), quando se estimam as necessidades em 120 milhões de barris por dia em 2030, e o risco de uma crise profunda durante a próxima década.

De igual modo concordamos que haja investigação mais investigação na área da energia, designadamente sobre a transmutação dos resíduos nucleares e sobre a fusão nuclear.

Mas discordamos da tentativa de colocar os grupos económicos da União Europeia numa posição de força relativamente a empresas públicas de países terceiros e da apologia que aproveita para fazer ao Tratado de Lisboa e ao apelo à sua ratificação.

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