Estivemos aqui hoje, neste muito frutuoso encontro com a CONFAGRI, onde tratámos questões muito importantes e decisivas para a vida do país e para a nossa economia. 

Nós estamos perante uma exigência de produção alimentar, de produção agrícola, que não tem correspondência com o dia-a-dia. Temos terra, temos clima, temos os agricultores que têm um grande empenhamento, grande vontade, um amor à terra e ao trabalho e, portanto, diria que temos a conjugação perfeita para que seja possível aumentar a produção nacional, seja possível contrariar o gravíssimo défice alimentar, também do ponto vista da balança comercial, com um défice de 5 mil milhões de euros. 

Tendo isto tudo, é preciso então que se criem as condições para aumentar a produção nacional. É preciso que o Governo tome as opções nesse sentido, que é coisa que, no nosso entender, não tem feito, nem a médio e longo prazo, nem a curto prazo. Desde logo, com as questões que agora se colocam com o aumento dos custos de factores de produção. Era preciso criar condições para a redução dos factores de produção. Uma intervenção do Estado, nomeadamente com apoios directos à produção e com a criação de condições para que o próprio Estado, eventualmente, pudesse concentrar em si esses factores produção e vendê-los a preços justos aos produtores.

Nós não podemos continuar a apoiar para se deixar de produzir, é preciso apoiar para que se produza. Foi em torno destas matérias que tivemos a conversar. 

A ideia fundamental que sobressaia é esta, nós temos as condições, temos os meios, temos as pessoas, temos a vontade, temos os agricultores, temos o clima que nos ajuda, então é preciso opções políticas que correspondam à necessidade de  aumentar as condições dos agricultores, de aumentar a produção. 

Isto serve aos agricultores, serve a cada um de nós e serve, acima de tudo ao país. E é por aí que temos de caminhar.