Ruben de Carvalho sobre os resultados eleitorais CM Lisboa

 

Não estando ainda inteiramente apurados os resultados finais, queremos começar por saudar o povo de Lisboa e os eleitores que votaram na CDU. Saudamos ainda as centenas de activistas da CDU que realizaram uma grandiosa campanha de contacto directo com os lisboetas, mobilizando-os para o voto, o que aconteceu apenas com a nossa candidatura. As mais de quatro centenas de iniciativas realizadas deram um contributo inestimável também para combater a abstenção e assegurar a participação democrática.

Estas eleições decorreram num quadro especialmente complexo. Doze candidaturas (entre elas duas chamadas independentes, levando a uma maior dispersão de votos), em pleno período de férias e tendo como fundo, como sabemos, investigações sobre processos na área do urbanismo que podem ter como base negócios pouca claros, lançaram nos eleitores uma onda de descrédito em relação à câmara municipal com previsíveis consequências na abstenção verificada.

Neste contexto, o resultado eleitoral da CDU é um importante resultado que a confirma como a terceira força política na cidade de Lisboa no plano autárquico a que se associa uma forte ligação aos bairros e à vida da Cidade e um profundo enraizamento popular.

Hoje mesmo, queremos reafirmar o compromisso de honra assumido durante a campanha eleitoral: o voto entregue à CDU será sempre usado para a resolução dos problemas das populações e o reforço da luta por uma vida melhor em Lisboa. E amanhã mesmo os vereadores eleitos e a CDU no seu conjunto começarão a trabalhar nesse sentido!

Estes resultados demonstram que o PS não conseguiu atingir o seu principal objectivo nestas eleições, a maioria absoluta. Com a fragilização e descredibilização das candidaturas da direita, o PS tinha largas probabilidades de assegurar a maioria absoluta, facto que não ocorreu, apesar dos insistentes apelos e chantagens realizadas junto do eleitorado, o povo de Lisboa disse não a esse desejo do PS.

A coligação de interesses que se formou à volta da candidatura do PS, sofreu assim o seu primeiro contratempo mas os interesses em jogo são de facto muito grandes, não são os de Lisboa e requerem dos cidadãos uma particular atenção e uma constante intervenção.

Neste quadro, a CDU para além das propostas que respondam a problemas urgentes e imediatos da população desde já torna claro que:

  • Se oporá à concessão /privatização de serviços municipais e a despedimentos de trabalhadores e lutará para que todas as capacidades da câmara sejam colocadas ao serviço da Cidade e da resolução dos seus problemas.
  • Lutará ao lado das populações pelo policiamento de proximidade e contra o encerramento de esquadras.
  • Continuará a luta contra a especulação imobiliária, pela revisão participada do PDM;
  • Continuará a exigir que as zonas ribeirinhas desafectadas de actividade portuária, sejam devolvidas à gestão da Cidade;
  • Continuará a lutar para que a Carris cumpra o seu papel no serviço público de transportes servindo os bairros com as carreiras e horários necessários à mobilidade dos cidadãos.
  • Fará tudo para que o IPO e outras estruturas hospitalares, se mantenham na cidade;

 

A CDU como deixou claro na sua campanha eleitoral - actuará para que seja concretizada na CML uma nova política ao serviço das populações. Nesse sentido dará força a todas as propostas e medidas que apontem para esse objectivo, até porque como demonstrou todo o processo que levou à queda da CML, a estabilidade deste órgão não se consegue com maiorias aritméticas, mas sim com politicas correctas ligadas directamente aos problemas reais de Lisboa, dos que nela moram e dos que nela trabalham.

Numa altura em que acabaram de se conhecer os resultados eleitorais, a CDU reafirma que só tem um compromisso que é a defesa dos interesses da Cidade e da sua população.

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