Intervenção de Paula Santos, 1.ª candidata da CDU por Setúbal, Comício CDU

A reversão da concessão à Fertagus é o que se impõe para defender o interesse público e reforçar o transporte ferroviário entre Setúbal e Lisboa

A reversão da concessão à Fertagus é o que se impõe para defender o interesse público e reforçar o transporte ferroviário entre Setúbal e Lisboa

Aqui estamos, camaradas e amigos, neste grande comício da CDU, com esta força e determinação, de quem apresenta as soluções que são justas, possíveis e necessárias para resolver os problemas que afetam os trabalhadores e o povo, para resolver os problemas do distrito e do país. 

Estamos todos os dias na rua, a ouvir, a esclarecer, a levar a palavra da CDU, de esperança e de confiança, de que está ao nosso alcance romper com este caminho que nos querem impor, de degradação das condições de vida e dos serviços públicos, de que está nas nossas mãos, com o voto de cada um, dar mais força à CDU, para uma vida melhor. 

A CDU esteve com a luta dos trabalhadores da Silopor pela integração de todos os trabalhadores das empresas de trabalho temporário nos quadros da empresa, o aumento dos salários, a revisão das carreiras profissionais e do Acordo de Empresa; a luta dos trabalhadores da Izidoro pelo direito ao dia de carnaval, o aumento de salários e a negociação coletiva e a luta dos trabalhadores da Lauak, por melhores condições de trabalho, saúde e segurança no trabalho e o aumento dos salários. A valorização do trabalho e dos trabalhadores é um elemento distintivo da CDU das demais forças políticas. Porque no confronto entre os direitos dos trabalhadores e os interesses do patronato, a CDU assume o compromisso de defesa dos interesses dos trabalhadores, já PS, PSD, IL e CH optam por salvaguardar os interesses do patronato – o que ficou bem evidente, quando rejeitaram a proposta do PCP no final do ano passado, de pôr fim à caducidade da contratação coletiva, instrumento fundamental para valorizar salários, profissões e os direitos dos trabalhadores. 

Camaradas e Amigos,

Os baixos salários e as baixas reformas, a perda de capacidade produtiva, a sistemática não concretização de importantes investimentos, as crescentes dificuldades no acesso à saúde e à habitação, sentidos pelos trabalhadores e as populações do distrito, não acontece por acaso, é o resultado das opções da política de direita. 

Temo-lo dito e refirmamo-lo: Setúbal é um distrito de enormes potencialidades, de grandes riquezas, que têm de ser colocadas ao serviço dos interesses das populações e do desenvolvimento do distrito e não para garantir mega lucros aos mesmos de sempre, os grupos económicos. 

Diversificar a atividade económica, promover a produção nacional, na reindustrialização, no apoio à pequena agricultura e à pequena pesca, no apoio às micro, pequenas e médias empresas, criar emprego com direitos e salários dignos. O distrito tem características extraordinárias, o que é preciso é uma política alternativa, como propõe a CDU, que dê concretização a uma estratégia de desenvolvimento integrado e sustentável, que eleve as condições de vida dos trabalhadores, dos reformados e das populações.

O desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde tem reflexos nas dificuldades no acesso à saúde pelos utentes do distrito. Temos estado com os utentes junto dos centros de saúde. Gente que vai de madrugada, às 4, 5h da manhã para uma fila, com frio, com chuva, para tentar conseguir uma consulta. É desumano! Gente que não tem médico de família, o que por si só constitui uma dificuldade acrescida no acesso a cuidados de saúde. Mulheres grávidas que não têm acompanhamento pelo SNS. Faltam profissionais de saúde, urgências de obstetrícia e de pediatria encerram em determinados períodos, elevados tempos de espera nas urgências, para uma consulta ou cirurgia. PSD, IL e CH pretendem desmantelar o SNS e privatizar a saúde, e o PS ao recusar-se a resolver os problemas do SNS torna-se cúmplice dos interesses dos grupos privados do negócio da doença. É preciso uma política alternativa para salvar o SNS, como propõe a CDU, através da valorização e do reforço do número de profissionais de saúde nos centros de saúde e nos hospitais, da construção e requalificação dos centros de saúde no Feijó, Baixa da Banheira, Alto Seixalinho, Quinta do Conde, São Sebastião, Quinta do Anjo, Foros da Amora, Paio Pires, Santiago do Cacém, Vila Nova de Santo André entre outros; a construção do Hospital no Seixal, do Hospital Montijo Alcochete, ampliação do Hospital Garcia de Orta, a maternidade no Hospital do Litoral Alentejano e o reforço dos serviços e valências de todos os hospitais do distrito.

Camaradas e Amigos,

No início deste mês foi tornado público que o Governo iria prolongar a concessão com a Fertagus. Feito pela calada, sem ouvir os utentes. Os comboios andam sobrelotados, seja hora de ponta ou não, incluindo ao fim-de-semana, o que exige mais oferta, mas ao que tudo indica, não é essa a preocupação do Governo de maioria absoluta do PS. Aquilo em que estão empenhados é em alimentar os lucros da Fertagus. Estando a aproximar-se o fim da concessão, aquilo que se impõe para defender o interesse público e reforçar o transporte ferroviário entre Setúbal e Lisboa é a reversão da concessão. Ainda na discussão do Orçamento do Estado para 2024, o PCP avançou com essa proposta, tendo sido rejeitada com os votos contra do PS, PSD, IL e CH, demonstrando que para estes partidos o que importa não é o interesse público, mas sim favorecer os interesses dos grupos privados. 

É preciso alargar a oferta de transporte público, como propõe a CDU, pôr fim à parceria público privada com a Fertagus e passar para a gestão pública a linha Setúbal/Lisboa, alargar a oferta de transporte, com novos comboios para reforçar e alargar o serviço com mais horários e com a extensão a Lisboa Oriente e às Praias do Sado, tal como reforçar a oferta na linha do Sado, com mais comboios, reativar os comboios regionais e de longo curso e garantir o retorno do serviço de intercidades à cidade de Setúbal.

Promover o transporte público exige a integração do transporte fluvial entre Setúbal e Troia no passe intermodal, assim como a reversão da concessão, com a sua integração numa empresa pública e a redução progressiva do preço do passe intermodal para 20 euros. Foi com a CDU que as populações contaram para a integração de diversos meios de transporte no passe social e a redução do preço do passe para 40 euros. Medida central para reforçar o direito à mobilidade foi a medida com maior impacto na preservação do ambiente. Num distrito com enormes riquezas naturais, a Arrábida, o Litoral Alentejano e a Costa Vicentina, os estuários do Sado e do Tejo, a Arriba Fóssil da Costa da Caparica, a proteção da natureza e da biodiversidade é um eixo estratégico para o desenvolvimento do distrito, o que exige o reforço dos meios para a preservação das áreas protegidas, o fim da coincineração na Arrábida e a melhoria da qualidade ambiental, assim como o desenvolvimento harmonioso entre as comunidades locais e a natureza.

Camaradas e Amigos,

Quem aspira por uma vida melhor, o voto é na CDU!

Quem aposta no desenvolvimento do distrito de Setúbal e na criação de emprego com direitos, o voto é na CDU!

Quem quer salvar o SNS, garantir o direito à habitação e à mobilidade, o voto que conta é na CDU!

No distrito de Setúbal, eleger mais deputados da CDU, faz toda a diferença! 

Por isso vamos camaradas e amigos, prosseguir e intensificar os contactos, as conversas, desconstruir preconceitos, levar mais longe as soluções da CDU, junto dos trabalhadores, dos reformados, das mulheres, dos jovens, para construir o resultado da CDU e reforçar a CDU com mais votos e mais deputados. 

A vida já comprovou que é com mais força da CDU, com mais deputados da CDU, que há avanços, que há conquistas, que a vida melhora e que o distrito anda para a frente!

Vamos camaradas e amigos, com esta alegria contagiante, com toda a confiança, desta força que não desiste, que enfrenta as dificuldades de cabeça erguida, que está sempre com os trabalhadores e as populações!

Viva a CDU!

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