Intervenção de

Resultados da Cimeira de Copenhaga sobre as alterações climáticas

 

 

No fracasso de Copenhaga, os EUA e a UE, respectivamente o primeiro e segundo maiores emissores mundiais em termos per capita têm particulares e iniludíveis responsabilidades - que nenhuma tentativa de desresponsabilização, passando as culpas para cima de outros, apagará.

Entre outros aspectos já aqui mencionados, Copenhaga fracassou no que respeita ao financiamento da chamada adaptação nos países em desenvolvimento. Pela insuficiência dos compromissos assumidos e pela não concretização das formas que esse financiamento assumirá. Ao mesmo tempo, continuam a ser hipocritamente ignorados constrangimentos que pesam sobre estes países, como a enorme dívida externa, cujo montante, comparado com o financiamento agora anunciado, é verdadeiramente astronómico e uma fortíssima limitação a qualquer possibilidade real de desenvolvimento económico e social sustentável.

Fracassou na discussão séria dos resultados perversos dos instrumentos de mercado e dos mecanismos de flexibilidade do Protocolo de Quioto.

Entre outros aspectos, fracassou em abordar as causas das alterações climáticas, para além dos seus efeitos: um sistema de organização económica e social irracional, no quadro do qual não será encontrada a solução para este nem para outros problemas com que a humanidade se depara.

  • Ambiente
  • Intervenções
  • Parlamento Europeu