Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Resolução referente às negociações do Tratado sobre o Comércio de Armas

O inicio da discussão sobre o estabelecimento do tratado sobre o Comércio de Armas (TCA) nasceu em 2006 quando a Assembleia-geral das Nações Unidas adoptou uma resolução que teve o apoio de 153 países, tendo os EUA sido o único Estado Membro da ONU a votar contra a criação deste Tratado.
A concretização deste processo reveste-se de grande importância num quadro em que é relançada a corrida aos armamentos e as despesas militares, o investimento em novas armas pelos EUA, a NATO e a UE, sobre o discurso hipócrita da sua redução.
No entanto, não pode deixar de ser sublinhado que a regulação da importação, exportação e transferência de armas de armas terá tanto maior pertinência se acompanhada de um processo de desarmamento multilateral e recíproco, nomeadamente do desmantelamento dos imensos arsenais nucleares existentes, começando pelas maiores potências nucleares do Mundo – como os EUA - e a completa destruição das armas químicas e biológicas.
Por outro lado, para ser coerente a preocupação expressa nesta resolução relativamente ao combate ao tráfico de armas e a sua utilização pelo crime organizado e em outras actividades criminosas, é necessário tomar medidas concretas e efectivas ao branqueamento de capitais, aos paraísos fiscais e aos offshore, por onde continuam a circular os lucros do tráfico de armas e de outros tráficos.

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