Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Resolução sobre a situação no Egipto

O povo egípcio continua a demonstrar ao mundo a sua dignidade, combatividade, vontade e determinação em lutar pela melhoria das suas condições de trabalho e de vida. Parece imparável a sua luta por direitos democráticos, pela sua soberania e pelo seu direito a decidir o seu presente e o seu futuro livre de qualquer ingerência externa. Depois de derrotar a ditadura de Mubarak, o povo egípcio não se resigna e continua na sua marcha libertadora e contra novas formas de subjugação que surgem pelo poder confessional dos islamitas da Irmandade Muçulmana e pela ingerência externa do imperialismo. Novas formas de subjugação que a maioria do PE considera como “período crítico de transição para a democracia”, o que evidencia os valores e os princípios democráticos que esta defende. Perante novas formas de tentar manter o poder de classe da burguesia egípcia e do imperialismo, a maioria do PE demonstra de que lado da barricada da luta dos povos contra a opressão se encontra, defendendo que o Egipto implemente os “requisitos” da “ajuda da UE e do FMI, ou seja, a imposição da agenda que o povo português bem conhece de cortes de salários e pensões, maior exploração laboral, cortes nos serviços públicos de saúde e educação, privatizações e liberalizações.

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