A demolição de navios à escala mundial aumentou seis vezes entre 2007 e 2009, sustentada pela retirada acelerada de petroleiros de casco simples, pela crise e o decorrente excesso de capacidade. A frota mundial quase duplicou nos últimos dez anos.
As condições de trabalho, os direitos dos trabalhadores, a protecção da saúde pública e a preservação do ambiente, são questões que nos suscitam vivas preocupações.
A Convenção de Hong Kong para a Reciclagem Segura e Ambientalmente Adequada de Navios, desenvolvida pela OMI e a Convenção de Basileia, que insere algumas alterações, vêm dar um contributo para melhorar a actual situação.
Apoiamos várias das disposições do relatório - como a criação de um inventário de matérias perigosas; um plano de reciclagem específico para navios com mais de 20 anos; requisitos mais explícitos para os estaleiros de reciclagem de navios; a exclusão do desmantelamento em varadouro.
Mas no quadro concreto da integração em curso, propostas como a criação de mais taxas europeias ou de mais uma lista europeia (de estaleiros) resultarão inevitavelmente em mais um factor de pressão sobre os salários, o que não admitimos.