Tal como o próprio título do relatório indica, este instrumento visa a implementação das políticas económicas e sociais para que os países candidatos se alinhem pelas regras, políticas e práticas da UE. Entre as políticas e medidas financiadas por este instrumento estão as mesmas que contribuíram e continuam a contribuir hoje para a destruição dos sectores produtivos de países como Portugal. Referimo-nos ao seu alinhamento progressivo com as regras do mercado interno, do pacto de estabilidade, da estratégia Europa 2020, cujos objectivos são continuar a privatizar ainda mais empresas, alargando esse processo também a serviços públicos, a liberalizar sectores da economia fundamentais para a vida dos trabalhadores e dos povos. Ou seja, todas as medidas que levaram à destruição de direitos laborais e sociais, que entregaram aos monopólios empresas lucrativas de sectores fundamentais para assegurar a independência e a soberania dos países, - exemplo que se repete com todos os países candidatos -, destruíram e continuam a destruir todos os anos milhares de PMEs, pequenas e médias explorações agrícolas, a pequena pesca. E obrigam-se agora estes países a desempenharem o papel sujo de implementarem a política de imigração da UE, servindo de zonas tampão contra a entrada de imigrantes, filtrando-os de acordo com os interesses de cada momento na UE.