Substituir a possibilidade de uma declaração escrita "ser entregue por um máximo de cinco deputados" pela possibilidade dela ser entregue "por um mínimo de 10 deputados de, pelo menos, três grupos políticos", constitui uma perda de um direito dos deputados e de grupos como o nosso. Uma perda de direitos democráticos que merece a nossa veemente crítica e justifica o nosso voto contra. Retirar possibilidades de intervenção dos deputados é retirar poder de intervenção e acção política do povo que os elegeu. E obrigar a que sejam no mínimo 10 deputados de, pelo menos, três grupos políticos a apresentar uma declaração escrita, constitui uma descarada tentativa de conciliar interesses (de classe) dos diferentes grupos políticos que são inconciliáveis. Tais alterações procuram condicionar sobretudo a acção de grupos políticos que, como o nosso, são portadores de propostas verdadeiramente alternativas a esta UE do grande capital e das grandes potências. Passo a passo, a maioria do PE vai criando regras que limitam ou impedem a acção do nosso grupo, limitam ou impedem o direito democrático dos representantes dos interesses dos trabalhadores, para eliminar contradições e impor a agenda de interesses dos monopólios da UE.