Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Recomendação ao Conselho sobre o Representante Especial da UE para os Direitos Humanos

A nomeação de um Representante Especial da UE para os Direitos Humanos evidencia a importância que a UE quer dar a esta frente, a qual tem, evidentemente, um carácter instrumental. Criando um "rosto" a UE quer dar maior visibilidade a uma política hipócrita que cria ou utiliza processos de ingerência e agressão onde e quando estejam em causa os interesses da UE.
Levando em conta a prática política da UE, a nomeação de um representante não visa a sua defesa efectiva - que deve ser sobretudo uma práctica transversal -, vindo antes acentuar a manipulação e a minimização dos Direitos Humanos. Vem reforçar uma política que articula vários instrumentos da UE, como o Serviço Europeu de Acção Externa, com todos os que, nos países onde a UE tenha interesses geoestratégicos, económicos e financeiros, se disponibilizem para dar expressão à ingerência e à violação da soberania do povo, defendendo os interesses das grandes potências da UE.
Como a crise da UE está a demonstrar, o grande capital na UE tenta sair da sua crise através do aumento da exploração dos trabalhadores e pelo domínio sobre recursos naturais, energéticos, alimentares e mercados. É para este objectivo que convergirá a acção do(da) nomeado(da) da UE.

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