Intervenção de

O recente sismo no Haiti

Também nos associamos às condolências e ao lamento que todos fazemos à tragédia que se abateu sobre o povo do Haiti e manifestamos-lhe toda a solidariedade. Mas não podemos deixar de sublinhar algumas questões que consideramos fundamentais, começando por rejeitar que alguém ou algum país se procure aproveitar desta catástrofe para retomar o neocolonialismo, como parece indiciar o envio de milhares de soldados norte-americanos armados, esquecendo a pobreza em que vive a maioria da população, que continua vítima da exploração de multinacionais e de interferências externas, designadamente dos EUA.Este é um momento para todos os apoios humanitários, a cooperação e ajudas à reconstrução que a nobreza e valentia do povo do Haiti merecem. Recorde-se que foi ali onde 400 mil africanos escravizados e traficados pelos europeus se revoltaram contra a escravidão e realizaram a primeira grande revolução social do continente americano. Não se deve tardar nos apoios urgentes e devidamente coordenados mas sem ceder às tentações neocoloniais.

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