Declaração de Agostinho Lopes, membro do Comité Central

Queda brutal do PIB no 2.º semestre de 2020

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A brutal queda do PIB no 2.º Trimestre em termos homólogos e em cadeia, ontem anunciada pelo INE, é naturalmente a consequência económica da epidemia. Mas é também o resultado das erradas, insuficientes e limitadas medidas tomadas pelo Governo para responder à situação, em geral acompanhado pelo PSD e restante direita.

Como o INE assinala esse «resultado é explicado em larga medida pelo contributo negativo da procura interna». O que torna claro, como o PCP sempre denunciou:

1 - O erro da adopção do Lay-off e o insuficiente combate aos despedimentos fruto do oportunismo de algum grande patronato, traduzido numa quebra de salários e logo do poder de compra das famílias;

2 - As limitadas e insuficientes medidas, inclusive as restrições ao acesso, para apoio de milhares de micro e pequenas empresas que se viram sem vendas e receitas, por drástica redução ou encerramento da sua actividade;

3 - As falhas e incapacidades do Governo na dinamização e aceleração do investimento público, nomeadamente do mediado pelas autarquias locais.

A insistência do Governo nestas opções, como aconteceu com as medidas do último Conselho de Ministros, só pode continuar a agravar o cenário negro agora evidenciado pelos números do INE.

Sendo que não se esquece o efeito da redução da procura externa, com consequências nas exportações e onde avulta a prática paragem do turismo, mas estas são variáveis onde é muito mais difícil o Governo intervir.

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