Intervenção de Paulo Raimundo, Secretário-Geral, Acto Público CDU

«O que os trabalhadores precisam é de 1000 euros de salário mínimo agora, este ano, em 2024»

Aqui estamos neste acto público da CDU, mais um passo na caminhada que estamos a fazer aqui em Évora e por todo o País, para construir um grande resultado no próximo dia 10 de Março.

E podemos afirmar com uma grande confiança que constatamos  que são cada vez mais aqueles que percebem que é no PCP e na CDU que encontram a solução para os seus problemas.

Que é no PCP e na CDU que encontram a alternativa às injustiças e desigualdades.

Que é no PCP e na CDU que encontram o programa que, com realismo, com coragem, fazendo as escolhas e as opções que têm de ser feitas, a cumprir e fazer cumprir os valores de Abril, e a respeitar e fazer respeitar a Constituição da República Portuguesa.

Sim, é no PCP e na CDU que cada vez mais gente encontra tudo isto.

Não é no PSD e no CDS e nos seus governos de tão má memória para o nosso povo. 

Esses governos, essas opções e políticas, onde estavam os que continuam mas também os que hoje estão no Chega e na Iniciativa Liberal. 

Sim lá estavam todos no governo da troika, no governo da agressão ao povo e ao País, sim estavam lá todos, dentro ou a apoiá-lo, PSD, CDS, Chega e IL no corte das pensões, nos cortes dos salários, no roubo dos feriados e do subsídio de férias. 

Sabemos bem quem são, sabemos bem de onde vêm e o que querem.

Estavam lá todos e preparados para, caso não tivessem sido interrompidos, continuarem e acentuarem o seu plano de destruição.

E sobre estes, os que enchem muitas vezes a boca sobre tudo e todos, mas que estão todos comprometidos com as negociatas, o compadrio e a corrupção, está tudo dito.

Mas também não é do PS que virão as soluções para as nossas vidas.

Os dois anos de maioria absoluta mostram-no bem e a reafirmação desse mesmo caminho no Congresso deste fim-de-semana, torna evidente a ilusão sobre o PS.

Perante o que ali foi dito e as promessas feitas, alguém sente que os problemas diários e graves que enfrenta na falta de médicos, de acesso à saúde, à habitação, os baixos salários, os horários desregulados, as pensões curtas, o aumento do custo de vida, na injustiça e desigualdades, perante tudo isto alguém sente que os problemas têm resposta?

É caso para perguntar em que realidade vivem, em que país é que pensam que estão?

A realidade em que vivemos é a da desvalorização das profissões e carreiras, é a dos 3 milhões de trabalhadores que recebem até 1000 euros de salário bruto e dos 72% dos reformados que vivem com pensões abaixo dos 500 euros.

A realidade é o aumento brutal e generalizado dos preços, dos bens essenciais e dos alimentos, das rendas, das prestações.

A realidade é aquela onde 1 milhão e 700 mil utentes estão sem médico de família.

A realidade é o aperto aos trabalhadores e ao povo e os 25 milhões de euros de lucro por dia dos grupos económicos.

A realidade é a de um País, vendido a retalho pelos partidos das ruinosas privatizações, PS, PSD, CDS, Chega e IL como é o caso dos CTT e da ANA.

Esses mesmos partidos sempre disponíveis para despejar dinheiro público, nos buracos das negociatas dos privados, vejam-se os casos sucessivos da banca.

Perante esta realidade, perante a vida concreta o que é urgente é o aumento geral e significativo dos salários.

Mil euros de salário mínimo em 2028 não é uma visão de futuro, é sim um apelo à contenção dos salários e é o deixar milhares e milhares de trabalhadores para trás.

O que os trabalhadores precisam é de 1000 euros de salário mínimo agora, este ano, em 2024, porque é agora, que os trabalhadores estão a ter dificuldade em fazer chegar o salário até ao final do mês.

É agora, é este ano, é em 2024, que os trabalhadores estão a ter dificuldade em pagar os bens essenciais, a alimentação, a energia, a luz, o gás, a casa.

Se a banca encaixa todos os dias 12 milhões de euros de lucros, se o Estado se dá ao luxo de perder milhares de milhões de euros por ano com a entrega das empresas públicas, se o PS com o Orçamento do Estado, para agrado de PSD, CDS, Chega e IL, transfere 8 mil milhões de euros da saúde directamente para o negócio privado da doença e decide mais encargos com as Parcerias Público-Privadas e mais  benefícios fiscais para os grupos económicos, se assim é, então é uma evidência de que o problema que existe não é a falta de dinheiro, a falta de meios ou recursos.  

O problema, de facto, está na injustiça e na redistribuição do dinheiro e da riqueza criada.

De uma vez por todas é preciso recusar que sejam os interesses dos lucros dos grupos económicos, da SONAE, da VINCI, dos bancos, a mandar na vida do País e de milhões de portugueses. 

É preciso de uma vez por todas garantir que é o poder político democraticamente eleito, que é o interesse colectivo de progresso, desenvolvimento e justiça social, que conduz as políticas públicas.

É esta a resposta que se exige e isto não vai lá com declarações de boas intenções.

Dar força ao PS é dar votos a uma ilusão. Dar força a PSD, CDS, Chega e IL é dar votos ao retrocesso.

O caminho é mais força, mais votos e mais deputados da CDU.

Mais força aos salários, às pensões, mais força ao Serviço Nacional de Saúde, mais força à habitação, mais força aos direitos dos pais e das crianças, mais força à Escola Pública. 

Estamos a dias de apresentar o nosso programa eleitoral mas permitam-me que adiante propostas concretas para responder a uma questão central para o futuro do País que é o direito à educação, esse direito fundamental de Abril.

Medidas como a integração nos quadros de todos os trabalhadores com vínculos precários que satisfaçam necessidades permanentes das escolas; a reposição de todo o tempo de serviço congelado aos professores;a vinculação de todos os professores com 3 ou mais anos ou 1095 dias de serviço;a contratação de docentes e técnicos especializados para a educação especial;a valorização das carreiras tornando mais atractiva a profissão docente; a defesa da gratuitidade dos manuais escolares e o seu alargamento às fichas no 1.º ciclo; a redução do número de alunos por turma e o número de turmas por professor.

Não há democracia sem igualdade no acesso à educação e aos níveis mais elevados de ensino. 

A Escola Pública é o instrumento decisivo para garantir a igualdade e a democracia e o PCP continuará a bater-se pela Escola Pública, democrática, inclusiva e de qualidade.

Mais força, mais deputados da CDU, uma garantia de todos e de cada um.

É o momento em que os que confiam na CDU, que contam connosco na vida política, não ficarem em casa, escondidos, desencantados com as políticas que não resolvem os problemas da sua vida. 

Ficar em casa é contribuir para que as coisas não mudem. 

É hora de votar na CDU.

É o momento dos que em 2022 sofreram a chantagem do mentiroso "empate técnico" entre PS e PSD e foram votar no PS dando-lhe uma maioria absoluta que não queriam de facto. 

É o momento de voltarem a votar na CDU. 

É o momento para os que estão revoltados com as injustiças da vida, com a falta de habitação, de acesso à saúde, com os baixos salários e reformas, todos esses, não descarregarem a sua justa revolta num qualquer voto que finge querer mudar tudo mas para que fique tudo na mesma.

Se estão justamente indignados, o que têm é de dar o voto a quem sempre lutou contra as políticas que nos desgraçam a vida e nos negam direitos essenciais, mas ao mesmo tempo apresenta soluções concretas para esses problemas. 

Soluções para avançar, para melhorar a vida de todos.

Essa força da mudança é a CDU!

Todos sabem, por experiência própria, que os votos e os deputados do PCP e da CDU nunca faltaram nem faltarão para propor, tomar a iniciativa e convergir para tudo o que seja positivo, assim como nunca faltámos nem faltaremos ao combate à política de direita, venha ela de onde vier.

Os deputados que nunca faltam, os deputados que fazem falta, deputados que fazem falta aqui ao distrito de Évora, que fazem falta aos trabalhadores e às populações.

E vão ser esses mesmos, os que sentem a falta de ter a sua voz e do seu instrumento que vão eleger a Alma Rivera, a nossa primeira candidata e futura deputada pelo círculo eleitoral de Évora.

A Alma Rivera futura deputada por Évora e actual deputada com um extraordinário trabalho desenvolvido nos assuntos da Cultura, da Comunicação, da Juventude, do Desporto, mas também na Educação, na Ciência, no Trabalho, na Segurança Social e na Inclusão.

Um trabalho profundo nos Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde a Alma se empenhou pela defesa da Constituição e acima de tudo, se bateu e bate para a grande questão, a Constituição e os seus direitos têm de ser cumpridos e uma realidade na vida de todos e todos os dias, uma necessidade que mais votos e mais deputados da CDU tornará mais próxima.

Dar força à CDU, eleger a Alma, este é o desafio que está colocado a todos os democratas, a todos os patriotas, a todos os que cá vivem e trabalham, todos os que, independentemente do seu voto há dois anos, hoje percebem que a solução passa pelo reforço do PCP e da CDU, a força da Palavra, da Dignidade e da Confiança.

Podem difundir todas as sondagens, todos os cenários, podem tentar que a discussão se resuma à troca de galhardetes ou a cenários imaginários, podem vir com a pressão e a chantagem que não contam com o PCP para estas manobras.

Os trabalhadores e o povo sabem que quando o PCP e a CDU ganham força, isso é decisivo para que a vida de cada um melhore e ande para a frente. 

É esta necessidade que se vai expressar no voto dos que se sentem justamente injustiçados e indignados.

É aqui na CDU que o protesto se alia às soluções necessárias, é aqui na CDU que o descontentamento ganha força de alternativa e de construção de uma vida melhor.

É aqui na CDU que está a força que não diz uma coisa hoje para depois fazer outra amanhã, é aqui que estão as soluções para um Portugal com futuro.

O voto do trabalhador, o voto de cada um de nós, o voto de cada utente, o voto dos que estão aflitos com as prestações e rendas das casas, o voto dos micro, pequenos e médios empresários e produtores, o voto dos reformados, dos jovens, dos imigrantes, vale tanto como o dos donos da GALP, Pingo Doce, CTT, mas pode valer ainda mais se for um voto na CDU e não no mesmo saco dos que se acham os donos disto tudo.

O País não é pobre mas tem sido empobrecido, o País tem recursos, tem meios, o País tem gente séria e honesta, gente séria e honesta com vontade e força de pôr isto a andar para a frente.

Com confiança, audácia, determinação e alegria, que todos e cada um de nós seja um militante do contacto e do esclarecimento, que se impõe.

Estamos a realizar uma grande acção geral de esclarecimento.

Mas temos que fazer ainda mais, cada um de nós é e tem que ser um militante do esclarecimento, tem que ser um activista da razão e da esperança, tem que encarar esta batalha no que nela é decisiva, uma acção que vale mais pelas conversas que estamos e vamos ter, do que pelo número de documentos que vamos distribuir.

Vamos à conversa, nas empresas, nas ruas, nos cafés, vamos conversar com toda a gente e se o fizermos vamos dar esperança, abrir caminho às soluções que o País precisa.

Vamos ouvir, vamos propor e contrapor, vamos construir as soluções e um grande resultado eleitoral da CDU para valorizar o trabalho e os trabalhadores.

Com determinação e alegria, e aqui com Vagar, mas também agora com Alma.

Vamos recolocar o País no trilho do qual nunca deveria ter saído, nesse trilho de Abril, das suas conquistas e direitos.

Nesse trilho que marca a nossa história e cujos valores de Abril são essenciais para o futuro de Portugal.

Viva a CDU!

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