Declaração de Paulo Sá na Assembleia de República

As propostas do PS são a continuação da política que conduziu o País à actual situação de desastre e declínio

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Nas propostas que apresentou para os próximos quatro anos, o que o PS anunciou é a intenção de prosseguir os mesmos pressupostos da política que conduziu o País à actual situação de desastre e declínio.

O PS assume o quadro institucional do Euro, assume todos os mecanismos da chamada Governação Económica, assume o Tratado Orçamental. E ao assumir todos estes condicionalismos e constrangimentos dos PEC e do Pacto de Agressão - opta pela continuação da política de exploração, de empobrecimento e de desastre nacional levada a cabo nos últimos anos.

Tal como o Governo PSD/CDS, o PS quer manter o confisco dos salários dos trabalhadores da Administração Pública no próximo ano, quer manter no essencial a brutal carga fiscal que incide sobre os rendimentos dos trabalhadores não só mantendo por mais dois anos a sobretaxa extraordinária, como perpetuando o regime de escalões e deduções do IRS responsáveis pelo injustiça fiscal sobre os trabalhadores, quer manter as medidas mais gravosas do Código do Trabalho, quer manter em sede de IRC os instrumentos que permitem aos grandes grupos económicos e financeiros realizar um planeamento fiscal agressivo. Propõe-se manter e prosseguir a política de privatizações. Não diz uma palavra sobre o fim dos despedimentos encapotados por via da chamada requalificação. Assim, o PS não só não rompe com a política de desastre nacional como se propõe mantê-la com este ou aquele acerto quanto ao ritmo e ao modo de a concretizar.

O PCP rejeita liminarmente a perpetuação das políticas de exploração e empobrecimento na linha dos PEC e do Programa da Troika, a reafirma a necessidade de romper com a política de direita e abrir caminho a uma política alternativa, patriótica e de esquerda.

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