Declaração de João Ferreira, Membro do Comité Central e Deputado ao Parlamento Europeu

A proposta Quadro Financeiro Plurianual pós 2020 vem acentuar um caminho de divergência dentro da UE

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O tempo e a vida demonstraram que os fundos da União Europeia nunca compensaram (nem podiam compensar) as perdas de soberania, a destruição da produção nacional e o comprometimento de possibilidades de desenvolvimento do país, que resultaram e resultam do mercado único, do Euro e das políticas comuns da UE.

Ora, isto mais verdade se torna num momento em que se prevê um corte no financiamento a atribuir aos países, como Portugal, que têm sido mais prejudicados com a integração, a favor do aumento de rubricas que aproveitam sobretudo aos maiores beneficiários da integração, às principais potências da UE e aos seus grupos económicos.

A proposta de Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 hoje apresentada pela Comissão Europeia vem, assim, criar as condições para acentuar ainda mais o rumo de divergência que tem caracterizado a UE, com o aumento das desigualdades e das assimetrias entre Estados-Membros e dentro de cada Estado-Membro.

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