Proder e falências

No quadro do Proder, foram criadas em Portugal centenas de novas empresas agrícolas com base em projectos de rentabilidade duvidosa. Entre 2009 e 2013, o número de empresas no sector Agrícola disparou para o dobro, passando de 783 para 1569.

Sucede que grande parte destes projectos são pouco sustentáveis, ou porque desligados do contexto ambiental, social e económico, ou porque baseados em novas tecnologias que acabam por não cumprir com espectativas iniciais.

Os casos mais flagrantes consistem na produção de mirtilos, de plantas aromáticas e nas culturas hidropónicas. Temos relatos de empresas que venderam dezenas de projectos com a mesma formatação e que foram aplicados em diversos pontos do país, contra uma remuneração de 3% sobre o valor do investimento.

Perante esta realidade, que pensa a Comissão fazer face à necessidade de garantir que as candidaturas sejam devidamente avaliadas de acordo com rigorosos estudos de viabilidade social e económica, promovendo igualmente formas de acompanhamento dos projectos na sua fase de implementação?

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