A 21 de Março de 1999, com o pretexto de evitar uma "catástrofe humanitária" no Kosovo, a aviação da NATO atacou a Jugoslávia, provocando milhares de vítimas, destruindo fábricas, pontes, auto-estradas. A estrutura económica da Jugoslávia é completamente arruinada e o Kosovo é transformado num protectorado da NATO, apesar de a Resolução 1244 da ONU considerar aquele território como parte integrante da Sérvia.
Decorridos 14 anos sobre o ataque à Sérvia e 5 anos da declaração unilateral de independência da província sérvia do Kosovo, a realidade tem vindo a demonstrar que a criação artificial de um "pseudo-estado" sob "soberania vigiada" foi tudo menos soberana e não correspondeu aos interesses dos povos envolvidos. A Resolução que estamos a discutir prova-o, sem margem para dúvidas: apenas em Julho de 2012 é posto fim à independência superviosionada; é revalidado o mandato da EULEX com a finalidade de "renovar e intensificar os seus esforços para melhorar o Estado de direito no Kosovo" e para "supervisionar, orientar e aconselhar"; a discriminação continua a ser um problema grave; continuam latentes tensões na região. O Kosovo encontra-se muito longe das imensas conquistas sociais que os povos da Jugoslávia conquistaram.
Votámos contra.