Em declarações após audiência com o Presidente da República, Jerónimo de Sousa afirmou que o PCP transmitiu ao Presidente a sua análise da situação social e política do país. Nesta análise o PCP sublinha os avanços, ainda que limitados, que nestes meses a actual solução política saída das eleições de 4 de Outubro de 2015, permitiu ao nível dos rendimentos e direitos, revertendo em muitos aspectos a política do anterior governo PSD/CDS-PP contida no Pacto de Agressão assinado em 2011 entre as troikas nacional e estrangeira.

O Secretário-Geral do PCP, destacou a "centralidade excessiva à questão do défice" em detrimento “da linha de reposição de direitos e rendimentos”. “Em vez desta centralidade e de se encolher perante chantagens e pressões actuais da União Europeia, o importante é responder às grandes questões do crescimento e do desenvolvimento económico”.

Jerónimo de Sousa referiu que este caminho de reposição de rendimentos e direitos deve continuar e que para tal o Partido estará presente - "qualquer inversão, voltar para trás como o PSD propõe, naturalmente não estaremos de acordo". Este caminho, segundo Jerónimo de Sousa, terá uma prova importante na discussão do Orçamento do Estado para 2017, para o qual, tal como no anterior Orçamento, o PCP estará disponível para examinar e contribuir, pois como afirmou Jerónimo de Sousa, o essencial é dar resposta às aspirações e anseios de muitos sectores, como são exemplo, os reformados e pensionistas que ainda não viram valorizados os seus rendimentos.