É evidente que se for necessário a UE receber exilados sírios, deverá fazê-lo nas melhores condições possíveis. No entanto, o que seria verdadeiramente uma boa ajuda para o povo sírio seria tornar possível que este não tivesse que sair do seu país. Seria que este pudesse viver em paz, paz essa que só o diálogo político pode construir. E que ajuda pode dar a UE para fomentar o diálogo político na Síria? Muita. Se muitos dos seus países, como a França e a Inglaterra, e seus aliados, como os EUA, a Turquia, Israel e as monarquias feudais do Golfo, não ingerissem no país, não instigassem e arquitectassem o conflito, não armassem e financiassem e treinassem grupos armados, dariam um óptimo contributo para a construção da paz na Síria, para a construção de um futuro sobre o qual só aos sírios cabe decidir. Seria muito importante não apoiar a Al-Qaeda, parar imediatamente com os bárbaros ataques com aparelhos não tripulados operados no território do Iemén e do Paquistão, seria importante não promover o extremismo religioso e explorar com objectivos fratricidas as divisões étnicas-confessionais. Enfim, seria importante tirarem as mãos da Síria e deixarem o povo sírio construir o seu futuro.