«O povo de Coimbra nada deve aos deputados de PS e PSD»

«O povo de Coimbra nada deve aos deputados de PS e PSD»

Mais que um comício, a iniciativa que juntou largas centenas de pessoas na noite de segunda-feira em Coimbra foi uma festa e um tónico de confiança na certeza de que ninguém como a CDU representa a profunda vontade de avançar por parte do povo e dos trabalhadores do distrito.

Isto porque o comício começou com um extraordinário concerto em que 18 músicos se juntaram em torno do cabeça-de-lista Manuel Pires da Rocha, que sem desafinar também nas palavras seguiu depois para a tribuna e recordou que no périplo já feito por toda a região, sobressaem as palavras de reconhecimento pelo papel desempenhado pela CDU nos últimos anos, bem como o reconhecimento daqueles que estiveram sempre na primeira linha da luta reivindicativa pelo que é justo e necessário.

Essa abnegação e coerência não podem, de todo, reclamar as demais forças políticas. E exemplificando com a posição de todas as horas do PCP-PEV quanto à manutenção da linha ferroviária da Lousã, Manuel Pires da Rocha garantiu que, como antes, a nossa palavra é a mesma em «Serpins, Miranda do Corvo, Coimbra, Lisboa, Bruxelas, Estrasburgo ou seja lá onde for».

De coerência, de resto, já havia falado Paulo Coelho, que em nome do Partido Ecologista «Os Verdes» notou que este não precisou que o ambiente desse votos para se bater em sua defesa.

Numa intervenção em que assinalou muitas razões concretas para confiar que o voto na CDU é aquele que assegura o bom caminho para avançar, o primeiro candidato por Coimbra, Manuel Pires da Rocha, considerou ainda que em face do histórico de abandono e prejuízo provocado pelos deputados que têm sido eleitos por aquele círculo eleitoral, «o povo de Coimbra nada deve aos deputados do PS e PSD», querendo com isso sublinhar a necessidade de eleger um parlamentar comunista no próximo dia 6 de Outubro.

Avançar

Dois dos 18 músicos que estiveram em palco antes das intervenções políticas, fizeram um hino-canção para a CDU em torno da palavra de ordem do PCP-PEV nestas legislativas: «Avançar é preciso».

Embalado, o Secretário-geral do PCP deteve-se nessa urgência e detalhou áreas onde é preciso de facto avançar decisivamente: na valorização do trabalho e dos trabalhadores, aumentando os salários e em particular o Salário Mínimo Nacional para os 850 euros, as pensões e reformas, e revogando as normas gravosas da legislação laboral; na ampliação da protecção social com o reforço do Sistema de Segurança Social Público; no financiamento dos serviços públicos e das funções sociais do Estado; avançar colocando o País a produzir; avançar nos direitos à habitação, de criação e fruição cultural.

«Por isso nos dirigimos a todos os que já alguma vez votaram na CDU lembrando que o seu voto nunca foi traído, foi sempre honrado. Mas dirigimo-nos igualmente a quem nunca votou na CDU para destacar que é aqui, na Coligação Democrática Unitária, que encontram o grande espaço de convergência de democratas e patriotas, de todos aqueles que querem que o País avance», concluiu.

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