Posições Políticas

Os custos da perda de soberania monetária

No princípio era o “Europa connosco”, conhecido chavão para promover a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE). A inserção no mercado comum exigiu um conjunto de transformações que visavam, em termos gerais, a conformação do Estado à “economia de mercado” capitalista exigida pela CEE.

Algumas notas sobre Educação e não só

1. Convidado amavelmente pelo João Ferreira para dizer umas palavras sobre educação num encontro promovido pelo PCP, devo antes de mais deixar pública uma declaração que é simultaneamente de interesse (em sentido amplo) e de, pelo menos, potencial viés. É que sou professor: há já mais de 4 décadas; e há mais de 3 décadas e meia sou docente do ensino universitário.

Rendimento, emprego e salários

Contrariamente às ideias que nos venderam nos anos 80 e 90 do século passado sobre o “pelotão da frente” da Comunidade Europeia, a convergência dos salários e a coesão económica e social, Portugal está cada vez mais longe dessa realidade, tendo havido antes um agravamento progressivo e contínuo da situação, quer em termos absolutos quer relativos, posicionando-se o país agora atrás de outros que anteriormente apresentavam indicadores mais baixos em várias dimensões.

Roménia? Estónia? Chéquia? E se falássemos dos processos de desenvolvimento espacial desigual à escala europeia?

1 - Das abordagens de “casos nacionais” para uma abordagem do desenvolvimento desigual no espaço da União Europeia

A publicação, no final do ano passado, de uma notícia i com base nas previsões de outono da Comissão Europeia relativas à evolução do PIB pc em paridades de poder de compra (PIBpc, PPC) dos países da UE provocou uma agitação no comentário político e económico nacional.

O círculo vicioso do neoliberalismo na cauda da Europa – o exemplo (des)virtuoso da Roménia

Os sinos do mainstream tocaram a rebate: Portugal é ultrapassado pela Roménia em 2024 no PIB per capita, lançou o Expresso a 24 de Novembro, com base em previsões da Comissão Europeia (em paridade de poder de compra). O presidente da CIP vincou o alarme: «os países do antigo bloco de Leste têm vindo (...) a ultrapassar Portugal». A questão, explicou António Saraiva, é que a generalidade destes países «tem sabido aproveitar os apoios comunitários melhor».

O declínio de Portugal numa UE em rápido, acentuado e longo declínio, e cada vez mais dependente e submissa aos interesses e objetivos dos EUA

A adesão à União Europeia não trouxe nem maior crescimento económico para Portugal nem uma melhor repartição de riqueza criada no país. 

A pressão do receituário neoliberal sobre as políticas sociais e laborais

Boa tarde a todos e obrigada pelo convite.

Saúdo todos os colegas de painel e todos os que nos estão a ouvir.

Proponho-me começar esta intervenção a partir da abordagem de um dos mitos que povoam o discurso laudatório da integração capitalista europeia, com o qual convivemos desde antes da adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia.