Nota da Comissão do PCP para os Assuntos Sociais

Por uma nova política de combate à pobreza e à exclusão social

A propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, o PCP sublinha o brutal agravamento das desigualdades sociais e a elevada taxa de pobreza que se regista em Portugal, consequência das sucessivas políticas de direita que têm sido desenvolvidas e para as quais o actual Governo PS tem contribuído fortemente.

O conteúdo deste modelo de desenvolvimento, determinado por políticas e opções de direita, é a causa do agravamento das injustiças sociais e da acentuação das assimetrias regionais. As crescentes desigualdades na distribuição do rendimento agravam as condições de vida da generalidade da população e empurram cada vez mais cidadãos para uma situação de pobreza ou de exclusão social, que se reflecte no acesso a bens e serviços básicos para uma vida com dignidade.

Os dados oficiais não permitem esconder a realidade: mais de 2 milhões de portugueses são considerados pobres, tendo aumentado de 7,2 para 8,2 vezes, a diferença do rendimento recebido pelos 20% mais ricos face aos 20% mais pobres, mantendo Portugal como o «campeão» das desigualdades sociais na União Europeia.

O PCP destaca que Portugal não está condenado a esta injusta realidade sendo necessário dar corpo a políticas alternativas que representem uma real ruptura com as políticas de direita que o Governo PS tem vindo sucessivamente aprofundar.

Neste sentido, o PCP vai promover no próximo dia 23 de Outubro, pelas 14h30, nas instalações da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio, uma Audição subordinada ao tema «Por uma nova política de combate à pobreza e à exclusão social».

Nesta audição, que se insere no âmbito da preparação da Conferência nacional sobre as questões económicas e sociais – «Um outro Rumo – Nova política ao serviço do Povo e do País», pretende-se uma abordagem sobre a dimensão social e política da pobreza e da exclusão social, quer através de experiências concretas, quer sobre os principais eixos de novas políticas que a enfrentem e a erradiquem.

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