A crise económica teve um forte impacto no sector retalhista, principalmente nas lojas mais pequenas e independentes. É a partir dessa premissa que o relatório tenta apontar algumas medidas para impulsionar esse sector.
A melhoria do acesso ao financiamento, especialmente para as PME do comércio por grosso e retalho, e o não aumento do IVA pelos EM, são medidas que podemos acompanhar.
Contudo, não nos podemos afastar do objectivo central e transversal a este relatório: “a consolidação do mercado único e da recuperação da confiança dos europeus no mercado interno”. O sector retalhista tem uma importância para o alcance desse objectivo. São exemplos o apoio à criação de grupo permanente para a competitividade do sector retalhista, da promoção das parecerias público-privadas para o pagamento das rendas e para assegurar zonas comerciais limpas, seguras e acessíveis nos centros urbanos, do aprofundamento do mercado digital único.
As reais razões para a crise que o sector enfrenta não são apontadas - as políticas de austeridade, que impõe baixos salários e leva à redução do consumo pelas famílias. O aprofundamento do mercado interno irá apenas agravar esta situação com a contínua debilitação das economias mais vulneráveis, com a privatização de sectores fundamentais da economia.