Declaração de Miguel Tiago, Deputado

«O PCP reafirma que a única forma de salvaguardar o interesse público seria a manutenção do Novo Banco na esfera pública»

«O PCP reafirma que a única forma de salvaguardar o interesse público seria a manutenção do Novo Banco na esfera pública»

Os resultados de 2017 do Novo Banco confirmam as afirmações do Partido Comunista Português sobre as várias opções políticas tomadas no caso BES/Novo Banco, desde a resolução pelo Governo PSD/CDS à privatização realizada pelo actual Governo.

O PCP alertou para os riscos da venda, para a política de apoio a negócios privados com prejuízo para o interesse público, uma vez mais comprometendo recursos públicos para assegurar a viabilidade de um banco detido por um grande grupo económico transnacional. As novas necessidades de capital do Novo Banco devem-se a exigências regulatórias e a imparidades registadas em activos degradados. Qualquer uma dessas dimensões era já conhecida no momento da resolução – o que demonstra que a resolução foi levada a cabo por valores falsificados para empurrar os custos para o futuro – e no momento da venda - o que demonstra que o contrato de venda é contrário ao interesse nacional.

O PCP reafirma que a única forma de salvaguardar o interesse público seria a manutenção do Novo Banco na esfera pública. Uma vez mais se demonstra que estamos a pagar um banco, a limpar o seu balanço, para o entregar já limpo de problemas a um grupo privado. A solução seria precisamente a inversa: assegurar os níveis de capital regulatório do banco, mas também o seu controlo e propriedade públicos.

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