Intervenção de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Orientações para as políticas de emprego

Não bastam palavras mais ou menos interessantes para alterar a dramática situação social que se vive em diversos países da União Europeia. É necessária uma ruptura com as actuais políticas económicas e financeiras. É preciso pôr fim ao Pacto de Estabilidade com os seus critérios irracionais, que são um verdadeiro garrote para países com dificuldades económicas e financeiras. O que lamentavelmente não acontece aqui.

Enquanto se insistir na aplicação de planos de reforma que estejam em consonância com o Pacto de Estabilidade e a flexigurança, como insiste a Comissão Europeia e o relatório não põe em causa, continuaremos com os planos de austeridade que alguns países estão a praticar, como na Grécia, Portugal e Espanha, com as consequências dramáticas no crescimento do desemprego, incluindo o juvenil, da pobreza e das desigualdades sociais, e a conhecida contestação dos trabalhadores e trabalhadoras.

Por isso, insistimos em propostas que alterem as políticas macroeconómicas existentes, suspendendo o Pacto de Estabilidade, pondo cobro aos processos de privatização e liberalização, dando prioridade ao emprego de qualidade e com direitos, com salários dignos e sem discriminação das mulheres, promovendo a dignidade de quem trabalha, através de um verdadeiro Pacto de Emprego e Progresso Social.

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