Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Organização Comum de Mercados vitivinícola - Declaração de voto de Ilda Figueiredo no PE

Lamentamos que tenham sido rejeitadas as várias propostas de alteração
que apresentámos. Daí o nosso voto contra o relatório final, apesar de
concordarmos com várias das propostas da relatora, que votámos
favoravelmente
Mas rejeitamos que a principal medida proposta na comunicação da
Comissão Europeia para a regulação da oferta e da procura no sector
vinícola seja o arranque de 400.000 ha de vinha, a redução da produção
e, consequentemente, do emprego envolvido, acentuando ainda mais a
desertificação de vastas zonas, como já acontece em Portugal, em
benefício da concentração em grandes produtores e nas mãos das grandes
empresas do vinho e do álcool.
São medidas que perspectivam a redução do vinhedo na União Europeia,
afectando principalmente as regiões menos desenvolvidas, as explorações
familiares e os agricultores com mais baixos rendimentos, mostrando-se
ineficaz em relação ao aumento das importações e à redução do papel da
viticultura nos diferentes países da União Europeia.
Iremos continuar a defender as propostas apresentadas e daremos combate
à proposta de liberalização da Comissão Europeia, defendendo uma outra
reforma da OCM do Vinho que privilegie uma vitivinicultura durável, as
suas características tradicionais, a pequena e média agricultura e a
agricultura familiar, o seu papel social, cultural e o seu importante
contributo para o desenvolvimento regional e nacional.

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