Israel desencadeou uma vez mais uma criminosa ofensiva militar contra a faixa de Gaza mas também contra a Cisjordânia, com bombardeamentos sucessivos e indiscriminados que já mataram mais de 100 palestinianos - número que não pára de aumentar -, entre os quais um número significativo de crianças, e provocaram centenas de feridos e desalojados.

Esta ofensiva culmina um período de intensificação da acção repressiva do exército de ocupação de Israel em todo o território da Palestina, com uma campanha de punição colectiva contra o povo, alegadamente devido ao desaparecimento e posterior confirmação da morte de três jovens de um colonato israelita, em circunstâncias ainda não esclarecidas.

Porque mantém um silêncio cúmplice, não condenando esta política de terrorismo de estado de Israel, uma acção que viola o direito internacional e a Carta da ONU?

Não considera que estes actos justificam o cancelamento do Acordo de Associação UE-Israel, tendo em conta o manifesto incumprimento do artigo relativo ao respeito "pelos direitos humanos fundamentais"?

Não considera que existem igualmente implicações a retirar quanto à participação de Israel nos programas da UE, nomeadamente os que têm actuação nos domínios da "segurança" e "defesa", indissociáveis da repressão exercida sobre a população palestiniana nos territórios ocupados?