Esta resolução surge na sequência de uma petição recebida na qual são expressas preocupações relativas aos níveis extremamente elevados de emissões de dioxinas provenientes da fábrica de aço ILVA em Taranto, Itália. O documento refere que 20000 famílias contam com membros que trabalham na indústria siderúrgica ou em sectores auxiliares e que as taxas de contaminação da população local conduziram a um aumento inaceitável de doenças crónicas.
A resolução denuncia que a condição precária e perigosa da fábrica tem originado "degradações e danos ambientais críticos", bem como graves problemas económicos e sociais na Itália meridional. Acrescenta ainda que a privatização da referida fábrica de aço não acarretou qualquer melhoramento nem no que toca à segurança ambiental, nem dos trabalhadores e que é essencial prevenir novas deslocalizações de unidades siderúrgicas e de produção de aço, garantindo "a segurança da mão-de-obra".
A resolução insta as autoridades italianas a assegurarem a reabilitação ambiental do local poluído pela fábrica, o que nos parece correcto. No entanto, pensamos ser inaceitável a recomendação de "zelarem por que os custos ocasionados pelas acções de prevenção e reparação sejam suportados em conformidade com o princípio do poluidor pagador", o que isenta as responsabilidades de alguns nesta matéria.