Nas respostas do candidato Jürgen Stark ao
questionário dos membros da Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do PE,
é clara a sua concordância política com a política monetária seguida pelo BCE,
nomeadamente com objectivo único do BCE, a estabilidade dos preços, negando
qualquer alteração de objectivos, nomeadamente a inclusão de objectivos ligados
ao crescimento económico e emprego.
Por outro lado,
defende, de forma restrita, o Pacto de Estabilidade, nomeadamente a sua versão
de 1997, dizendo que a reforma de 2005 enfraqueceu o Pacto. Esta posição de
cegueira monetarista e liberal, ao serviço dos lucros das grandes empresas
multinacionais que operam na União Europeia e pondo os trabalhadores
(nomeadamente o seu posto de trabalho, os seus direitos e salários) como
variável de ajustamento às crises, está em linha com o seu papel na criação da
moeda única e do Pacto de Estabilidade.
Para além disso, nota-se, mais uma vez, que as
substituições na Comissão Executiva do BCE fazem-se entre os países grandes (um
alemão por outro alemão), a que, se juntarmos a rotatividade dos votos no
Conselho, relega os países pequenos para uma posição periférica e de segundo
plano relativamente às decisões monetárias na União Económica Monetária.
Daí o nosso voto contra.