Intervenção de Paulo Raimundo, Secretário-Geral, Comício CDU

Dar força à CDU, eleger o Bernardino, este é o desafio que está colocado a todos os que, no distrito de Santarém, anseiam por uma vida melhor

Camaradas e amigos, uma saudação a todos vós, a todos os que participam neste grande comício aqui em Torres Novas.

Este concelho, este distrito de Santarém, estes trabalhadores, este povo que vai eleger o Bernardino Soares, o nosso primeiro candidato e futuro deputado da CDU pelo círculo eleitoral de Santarém.

E que falta faz o deputado da CDU aqui ao concelho, aqui ao distrito e ao País.

Que falta faz e fez para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo de Santarém.

Dar força à CDU, eleger o Bernardino, este é o desafio que está colocado a todos os democratas, a todos os que anseiam por uma vida melhor, um desafio colocado a apoiantes e votantes de outras forças, esses que também já perceberam por experiência própria a falta que fazem deputados da CDU.

Este é o desafio que está colocado a todos, os que estão justamente descontentes e indignados, os que na esperança de soluções para a sua vida foram levados a votar no PS e que hoje percebem que a única forma de haver uma política ao seu serviço é reforçando,  também no plano eleitoral, o PCP e a CDU.

É o voto na CDU que dá um sinal claro aos que se acham donos disto tudo.

Esses que se acham donos do País, os tais dos 25 milhões de euros de lucros por dia, esses não só vivem bem com outras forças políticas, como as promovem e as financiam.

Com esses partidos, com essas forças, os grupos económicos que os sustentam, estão descansados.

Esses partidos que estão sob a sua rédea curta e a cumprir as suas ordens.

Com esses não há problema, o problema para os grupos económicos é a força da CDU.

Porque é na força da CDU que está a força dos salários, a força das pensões, a força do SNS, a força do acesso à habitação, a força dos direitos dos pais e das crianças, a força da justiça e da igualdade.

É aqui que está a força que mais lhes dói, a força do combate à corrupção, ao compadrio, ao tráfico de influências, às privatizações.

Sim, aqui não se passa ao lado do maior centro de corrupção, aqui não se desviam atenções.

É do nosso resultado eleitoral que depende o caminho do presente e do futuro.

É na nossa força, é nos nossos votos, é nos nossos deputados que estão as soluções, as medidas, as saídas.

Força e deputados que nunca faltaram e nunca faltarão para tomar a iniciativa, para apoiar medidas positivas.

Força e deputados que nunca faltaram nem faltarão à primeira linha de combate a tudo o que seja negativo, venha de onde vier.

Força e deputados, a maior garantia dos trabalhadores e do povo, para o combate à direita e à política de direita.

O PS não é igual ao PSD, o PSD não é igual ao CDS, o Chega e a IL não são o mesmo, mas independentemente das diferenças que existem e existem, sempre que é preciso optar entre os interesses dos grupos económicos e a vida de cada um de nós, lá se alinham todos, uns de forma mais descarada, outros mais tímidos, uns a enrolar, outros a mentir com todos os dentes que têm na boca. 

Do PSD e CDS, do Chega e IL, só se podem esperar retrocessos, retrocessos para cada um de nós. 

Esses mesmos PSD, CDS, Chega e IL que em conjunto são, como nos lembramos bem, os recordistas dos cortes das pensões, dos salários, dos subsídios de Natal, dos feriados.

Foi esta a sua opção, é esta a sua opção actual e é isto que gostariam de voltar a implementar.

Sabemos que foram muitos os que, há dois anos, na procura de soluções para a sua vida foram votar no PS e que, dois anos depois de maioria absoluta do PS, percebem que é o voto na CDU a garantia para essas mesmas soluções que justamente ambicionam.

Sabem por experiência própria, se alguma coisa avançou nas suas condições de vida, foi pela força que o PCP e a CDU tiveram e é necessário que voltemos a ter, e contra a vontade do PS. 

Temos de ir falar com eles, temos de os ganhar para o voto na CDU.

Temos de alargar o movimento de apoio à CDU, com confiança e determinação.

Alargar o movimento de apoio, alargar a exigência nas soluções que fazem falta.

E o que faz falta não é alimentar os grupos económicos, não é alimentar o negócio da doença, não é manter o País nas mãos dos grandes interesses e das chamadas contas certas, essas contas certas que desacertam as nossas vidas.

O que faz falta é o aumento geral e significativo de todos os salários e pôr fim à realidade dos três milhões de trabalhadores que ganham até mil euros de salário bruto por mês.

Que se avance para a valorização das carreiras e das profissões, e o aumento dos salários em 15%, com um mínimo de 150 euros.

Que se avance, agora porque é agora que faz falta e não em 2028, que se avance no quadro dos 50 anos de Abril e da criação do Salário Mínimo Nacional, que em Maio se garanta que nenhum trabalhador em Portugal ganhe menos de mil euros.

O que faz falta é consagrar a habitação como aquilo que é, um direito e não uma mercadoria.

Avançar para o parque público de Habitação, travar o aumento das rendas, pôr os lucros da banca, os seus 12 milhões de euros de lucros por dia, a suportar o aumento das taxas de juro, resolver o drama de milhares e milhares de pessoas. 

O que faz falta é valorizar a Escola Pública, respeitar os seus profissionais, contabilizando nomeadamente todo o tempo de serviço dos professores, sem mais adiamentos.

O que faz falta e cada vez mais falta é salvar o SNS. 

Respeitar os profissionais, médicos, enfermeiros, técnicos e outros profissionais, valorizar as carreiras, enfrentar o saque que o grande negócio da doença está a promover. 

Responder às necessidades, aos tratamentos e cuidados dos utentes.

Acabar com as listas de espera, os adiamentos, a falta de consultas, responder ao 1 milhão e 700 mil pessoas que estão sem médicos de família.

Nada disto se resolve de um dia para o outro, mas a cada hora que passa, mais urgente é abrir este caminho, um caminho que é incompatível com a transferência de 8 mil milhões do orçamento público para os bolsos dos grupos económicos do negócio da doença. 

O que faz falta é tratar com dignidade quem trabalhou uma vida inteira.

Tratar com dignidade e respeitar os idosos, reformados e pensionistas.

E estamos a assistir a tudo nos últimos tempos, menos ao respeito pelos reformados e pensionistas.

Estamos no tempo da chuva de promessas, quando uns dizem 10 e outros gritam 15, uns dizem que é agora, outros afirmam que já é tarde.

Sabemos o que querem e como funciona a operação.

Agora são as promessas, e amanhã quando se apanharem no poleiro passa a ser tempo de justificar o porquê de não se cumprirem as promessas feitas. 

É preciso, e é preciso agora e não para 2028 ou 2030, aumentar as reformas e as pensões.

Progressão sim, mas é agora que faz falta, é agora que é preciso é dar um sinal.

No ano em que se assinalam os 50 anos da Revolução, deve ser concretizado em Abril, com uma subida extraordinária das reformas e das pensões num mínimo em 7,5% e em 70 euros em todas as reformas e pensões. 

O que faz falta é responder aos direitos dos pais e das crianças.

Garantir a rede pública de creches, mas também o fim da precariedade, o abuso do trabalho por turnos e dos horários desregulados.

O que afirmamos que faz falta, as exigências que sublinhamos, as soluções que avançamos, são necessidades dos trabalhadores e das populações.

São medidas que respondem aos problemas que aí estão e a urgências que os trabalhadores e o povo têm de tomar nas suas mãos, desde logo com a sua luta e com o seu voto na CDU. 

Nas empresas e nos locais de trabalho, nas ruas, nos bairros e aldeias, casa a casa, nos cafés, nas escolas, mercados e feiras e em todos os espaços, contactar, conversar, esclarecer, ganhar para o voto na CDU.

Vamos, com a força que temos, com a força que só depende de nós, construir um movimento de apoio e de mobilização para o caminho novo que se impõe.

Com confiança, audácia, determinação e alegria, que todos e cada um de nós seja um militante do contacto e da conversa.

Estamos a realizar uma grande acção geral de esclarecimento.

Mas temos de fazer ainda mais, cada um de nós é e tem de ser um militante do esclarecimento, um activista da razão e da esperança, uma acção que vale mais pelas conversas que estamos e vamos ter do que pelo número de documentos que vamos distribuir.

Cá estamos e vamos ouvir, cá estamos e vamos propor e contrapor, cá estamos e vamos construir as soluções e um resultado eleitoral da CDU que contribua de forma decisiva para valorizar o trabalho e os trabalhadores.

Com a CDU todos sabem com o que contam, com clareza e transparência.

Podem difundir todas as sondagens e pintar todos os cenários, podem tentar que a discussão se resuma à troca de galhardetes, podem evitar a discussão sobre a realidade em que vive o povo português, podem vir com a pressão e a chantagem que não contam com o PCP para estas manobras.

Para eleger deputados ao serviço dos banqueiros, dos accionistas dos CTT, da Altice ou da ANA, da grande distribuição, das multinacionais, das imposições da União Europeia, da NATO e da guerra, há várias opções.

Deputados comprometidos com Abril, deputados da CDU, esses sim fazem falta.

O caminho é mais força, mais votos e mais deputados da CDU.

Aos que estão indecisos e que ainda não decidiram o seu voto; aos estão inclinados a votar noutros; aos que perante tudo o que vão vendo e sentindo nas suas vidas estão cansados e sem perspectiva; aos que justamente estão fartos da mentira, da corrupção e das negociatas; o caminho que têm é dar força à sua força, dar força à CDU.

Dêem o seu voto à CDU, o voto certo, o voto que não trai, o voto que não tem duas caras, o voto que não anda ao sabor do vento.

Os partidos não são todos iguais, por muito que gostassem que assim fosse.

Não desistamos de ninguém, dos indecisos, dos descontentes, dos que pensam não ir votar, dos que face às dificuldades de todos os dias deixaram de acreditar.

Não desistamos de ninguém e é com esses todos que temos de ir à conversa, porque é também com esses todos que estamos e vamos construir a alternativa.

O voto do trabalhador, o voto de cada utente, o voto dos que estão aflitos com as prestações e rendas das casas, o voto dos micro, pequenos e médios empresários e produtores, o voto dos reformados, dos jovens, dos imigrantes, vale tanto como o dos donos da GALP, Pingo Doce, CTT, da Altice, mas pode valer ainda mais se for um voto na CDU e não for colocado no mesmo saco dos que se acham os donos disto tudo.

Há cada vez mais gente, gente diversa e até gente que apoiou outros partidos, que se junta hoje à CDU. 

A CDU está a crescer, a CDU vai mesmo crescer. 

Esta força que não desiste do País e que sabe que há recursos e meios, que sabe que há gente séria e honesta com vontade e força de travar os que se acham donos disto tudo e pôr o País no trilho que marca a nossa história, no trilho dos valores de Abril.

Neste trilho onde o povo é quem mais ordena.

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