Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Jantar-Comício

«O que tragicamente se revelou em 2017 teve de novo confirmação»

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[Excerto]

Permitam neste momento de grande preocupação para uma parte significativa da comunidade algarvia uma palavra solidária para todos quantos foram atingidos pelo incêndio da passada semana aqui no Algarve, para todos os agentes de protecção civil designadamente os bombeiros que lhe deram combate. Como o PCP já tornou público exigem-se agora medidas efectivas para responder à perda de bens, habitações e actividade económica.

Isso não deve fazer perder de vista as causas mais profundas que estão na sua raiz. As de um modelo de desenvolvimento determinado por critérios que reduzem a diversificação da actividade económica, que afasta produtores e populações que fazem vida na Serra e no que ela pode facultar. O que se impõe é a concretização de uma estratégia, acompanhada dos investimentos que exige, que ordene a floresta e que assegure uma organização territorial não dominada pela infestação de espécies arbóreas que, sendo fonte rápida de lucro, destrói a prazo todo um tecido e uma actividade económica sustentável. Olhando para o que infelizmente assistimos bem se pode dizer que pouco se aprendeu 15 anos depois com o imenso incêndio que devastou em 2003 esta mesma Serra de Monchique.

O que tragicamente se revelou em 2017 teve de novo confirmação. Sem as consequências em perdas de vidas humanas do ano passado mas expondo os mesmos problemas estruturais que estão na sua origem.

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