Jerónimo de Sousa, Aníbal Pires e Vítor Silva com apoiantes da CDU em Angra do Heroísmo

CDU com confiança na ilha Terceira

CDU com confiança na ilha Terceira

Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, Aníbal Pires, primeiro candidato da CDU Açores, e Vítor Silva, primeiro candidato da CDU pela ilha Terceira, participaram este Sábado à noite num jantar-convívio com candidatos e apoiantes da CDU, em Angra do Heroísmo.

Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa, saudou os candidatos e activistas da CDU, dirigindo uma palavra em particular aos muitos homens e mulheres independentes, democratas, que sem serem militantes nem do PCP nem do PEV, estão com a CDU. O Secretário-Geral do PCP destacou também a média etária da lista da CDU pela ilha Terceira, que é de 37 anos, o que demonstra que “também aqui na Terceira a CDU tem futuro”.

“Confiamos nestes candidatos para travar esta batalha”, “de grande exigência”, mas uma batalha muito importante “para que a CDU tenha mais voz, mais força”. Jerónimo de Sousa sublinhou que a CDU “tem uma só cara e uma só palavra”, o que defende na Assembleia Regional é o mesmo que defende na Assembleia da República. “A CDU é diferente”, afirmou. “Não faz como alguns, que votam uma coisa ali e depois votam outra coisa acolá”, e deu o exemplo da incoerência do PS em relação aos manuais escolares gratuitos, que aprovou na República, mas que rejeitou na Região, com a sua maioria absoluta.

“As maiorias absolutas não discutem”, assumem uma postura de “quero, posso e mando” daí que a questão que se coloca nestas eleições é o reforço da CDU para combater a maioria absoluta.

Em relação a questões nacionais e ao Orçamento de Estado, Jerónimo de Sousa referiu-se à proposta do PCP de um aumento extraordinário de 10 Euros das reformas e das pensões, que não se limita a abranger apenas as reformas mínimas, porque é preciso continuar a “recuperar direitos e rendimentos”,
Jerónimo de Sousa terminou a sua intervenção apelando à participação de todos para levar a mensagem da CDU a todos os açorianos e mostrou-se convicto num bom resultado para a CDU no dia 16 de Outubro.

Aníbal Pires, referiu-se à intensa actividade parlamentar da CDU, às múltiplas propostas que tantas vezes acabaram reprovadas pela maioria absoluta do PS, às vezes com o voto também do PSD, pois os projectos políticos de PS e PSD têm grandes proximidades e, nas questões essenciais, “estão unidos como gémeos siameses”.

O primeiro candidato da CDU recordou a proposta que apresentou para repor a anualidade dos concursos de professores, que o PCP apresentou em Janeiro deste ano e que o PS, isolado, rejeitou em Junho. No entanto, na campanha eleitoral, o candidato a Deputado Vasco Cordeiro veio prometer exactamente repor a anualidade dos concursos, “Por aqui se vê bem a sobranceria, o autoritarismo da maioria absoluta”, sublinhou.

Apesar disso, sublinhou Aníbal Pires, a luta da CDU no Parlamento Regional “teve consequência” e que têm impacto na vida das pessoas. E recordou duas propostas da CDU que foram aprovadas: a majoração do tempo e duração dos apoios sociais na ilha Terceira e o regime de de apoio à Agricultura Familiar, que vai permitir reduzir as contribuições obrigatórias dos agricultores. “Valeu a pena ter um Deputado do PCP na Assembleia Legislativa Regional”, afirmou Aníbal Pires.

Quanto mais força tiver a CDU, mais poderemos influenciar e mesmo determinar as decisões do Parlamento em defesa do nosso povo e quanto mais força tiver a CDU, mais será travado o poder absoluto do PS. “Esta é a mensagem que temos de levar a todos os cantos desta ilha, a todos os cantos de todas as ilhas: para que os açorianos dêem utilidade ao seu voto, para que votem na CDU”.

Já Vítor Silva, primeiro candidato da CDU pela ilha Terceira, afirmou que “95% das nossas empresas produzem para o mercado interno. Se os trabalhadores e as famílias não tiverem poder de compra, ficamos numa situação complicada”. Temos apresentado propostas concretas para melhorar o nível de vida das famílias e dos trabalhadores. E referiu-se entre outras às propostas para aumentar o complemento regional ao salário mínimo, pois “mesmo trabalhando as pessoas, são pobres, mesmo trabalhando os açorianos passam fome!” “O que queremos é trabalho, mas queremos que seja trabalho com direitos!”, conclui Vítor Silva.