Intervenção, Comício da JCP, no âmbito da 18ª Assembleia da FMJD

Intervenção de Diogo D'Ávila no Comício da JCP

Camaradas e amigos:
Em nome da Direcção Nacional da JCP, saudo todos os presentes neste grandioso comício! Ele é prova de que nem com a chegada em pleno do Outono, das chuvas e das árvores depenadas, do frio e dos dias cinzentos, a juventude deixa de marcar presença. A todos quantos vieram dos vários pontos do país e a todos os amigos e convidados que acederam a participar nesta nossa iniciativa vos dizemos: Não há frio, nem chuva, nem dias cinzentos que nos façam parar por um minuto de lutar pela Primavera!!!
Saudamos os delegados internacionais que estiveram presentes na 18ª Assembleia da Federação Mundial da Juventude Democrática, vindos da Alemanha, da África do Sul, Angola, Argentina, Austria, Bahrain, Bangladesh, Bélgica, Brasil, Butão, Canadá, Chile, Chipre, Colômbia, Cuba, Egipto, Eritreia, Espanha, Estados Unidos da América, Etópia, França, Grã – Bretanha, Grécia, India, Iraque, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Koweit, Laos, Líbano, Mauritânea, México, Moçambique, Nepal, Noruega, Nova Zelândia, Palestina, Paquistão, República Checa, República Popular e Democrática da Coreia, Rússia, Saara Ocidental, Sérvia, Síria, Sri Lanka, Suécia, Tanzânia, Turquia, Venezuela, Vietname e Zimbabué. Todos eles contribuíram para transformar a Assembleia num grande sucesso e dela saíram com mais força e mais instrumentos para combater o imperialismo e transformar o mundo em cada um dos seus países. Saudamos as organizações eleitas para a direcção da Federação com particular destaque para os camaradas da UJC de Cuba que assumem a Secretaria – Geral e para os camaradas da EDON do Chipre que passam a assumir a Presidência. A todos desejamos a continuação de bom trabalho, estando certos de que a assembleia deu um grande passo no caminho para, como diz o lema da própria assembleia, “Reforçar a FMJD, Intensificar a luta anti – imperialista, por um mundo de paz, solidariedade e transformações sociais revolucionárias!”
A 18ª Assembleia da FMJD marca o final de 8 anos em que assumimos com grande honra a sua presidência. Ao acolhermos esta Assembleia cá em Portugal, pretendemos também reafirmar o nosso total compromisso com a continuidade do trabalho da Federação e com a luta anti - imperialista. Acreditamos que será a mobilização dos jovens portugueses para a luta contra as políticas de direita e pela concretização dos seus direitos cá em Portugal, a solidariedade para com todos os jovens em luta, a par da participação e dinamização das actividades da Federação o melhor contributo que poderemos dar ao desenvolvimento do seu trabalho e dos seus objectivos.
Num momento em que se intensificam os perigos de novas agressões por parte do imperialismo, em que por todo o mundo é semeada a guerra, a fome e a retirada de direitos da juventude e dos povos, mas também onde cresce a resistência e a sua luta, encontramos na FMJD o maior e mais importante espaço de troca de experiências, de articulação e estímulo à juventude de cada país, para que resista e lute.

Camaradas,
Comemoramos na passada quinta-feira, 32 anos de existência da Juventude Comunista Portuguesa. Desde a união entre a União de Estudantes Comunistas e a União de Jovens Comunistas, que a JCP se assume como A Organização Revolucionária da Juventude Portuguesa. Revolucionários porque conhecemos e sentimos profundamente os problemas que hoje se colocam à juventude, revolucionários porque somos os únicos que verdadeiramente estamos dispostos a dar tudo pela resolução destes mesmos problemas, revolucionários porque baseamos a nossa intervenção no marxismo – leninismo, que nos permite definir os objectivos da luta no momento histórico que atravessamos, revolucionários porque nos orgulhamos de todos os dias estimular, mobilizar e dinamizar a luta, trazendo mais e mais amigos, organizando-os e apontando o caminho. Mas sobretudo revolucionários porque sabemos que não estamos sozinhos, porque depositamos toda a nossa confiança na juventude portuguesa, para que assuma como sua a luta contra as políticas de direita e pela imposição de uma política patriótica e de esquerda.
Daqui apelamos aos jovens portugueses, para que se organizem e intensifiquem a luta! Uma luta tanto mais difícil quanto mais fortes são os ataques do governo PSD / CDS – PP, com o apoio do PS e do Presidente da República.
Da educação ao emprego, da habitação à saúde ou cultura, assistimos a um ataque sem precedentes aos nossos direitos, que em muitos aspectos fazem lembrar tempos do passado. Exemplos como a proibição dos estudantes de levarem comida para dentro da escola como acontece hoje na Escola Secundária José Afonso do Seixal, exemplos como o da universidade do minho, onde ao mesmo tempo que se praticam propinas de milhares de euros se proíbem manifestações e ajuntamentos de estudantes, exemplos como o call center da ZON no porto, onde apesar de cada posto de trabalho ter um carácter permante, existem cerca de 90% de trabalhadores com vínculos precários. Este é um ataque que traz consigo os dias mais escuros que a grande maioria dos que aqui estamos alguma vez assistiu, que em nada resolve os problemas do país, antes o atira da chuva para a tempestade. Um ataque que tem nos trabalhadores e na juventude o seu principal inimigo, ao mesmo tempo que os grandes patrões e os grandes banqueiros vão engordando estendidos ao sol e que os sucessivos governos PSD, CDS – PP e PS são totalmente submissos aos interesses do imperialismo. Abrem as portas da nossa economia ao FMI e UE, recebem de braços abertos cimeiras da NATO (da qual Portugal foi membro fundador nos tempos do fascismo) e participam activamente nas suas agressões militares à Jugoslávia, Afeganistão, Iraque e Libia.
Daqui afirmamos a nossa solidariedade para com a Greve Geral do próximo dia 24 de Novembro, convocada pela CGTP – IN, bem como as jornadas nacionais de luta dos estudantes do Ensino Secundário e do Ensino Superior, convocadas para 22 e 29 de Novembro respectivamente. Valorizamos também as centenas de acções de luta que tiveram lugar na semana de 20 a 27 de Outubro, bem como a grande manifestação da Administração Pública que se realizou hoje, aqui em Lisboa, e onde (???) trabalhadores, muitos dos quais jovens, marcaram presença.
Esta é a única forma de derrotar o pacto de agressão assinado pela troika portuguesa e estrangeira, esta será a única forma de derrotarmos o imperialismo!
Às organizações internacionais presentes, reafirmamos que podem contar com a solidariedade da JCP para com a luta da juventude e dos trabalhadores em cada um dos seus países, bem como nós sabemos que essa mesma luta significa um estímulo também para a luta dos jovens portugueses. Esta é para nós a maior e mais eficaz forma de solidariedade, solidariedade que ainda ontem ficou bem vincada, quando todos os camaradas que estavam presentes neste espaço – onde se realizou a assembleia – ao verem os camaradas da JCP a começarem a arrumá-lo e a prepará-lo para este comício, sem uma palavra dizerem, sem nada pedirem em troca, prontamente meteram eles próprios mãos à obra.
Camaradas,
É possível derrotar estas políticas, é possível construir a alternativa, é possível e necessário inverter este rumo. Saiamos daqui com a força, com a determinação e com a confiança na juventude portuguesa para tomar nas nossas mãos o destino das nossas vidas!!!

Viva a Federação Mundial da Juventude Democrática!
Viva a Juventude Comunista Portuguesa!
Viva o Partido Comunista Português!