Intervenção de José Casanova, Director do jornal Avante!, Comício da 35ª Festa do Avante!

"a luta será tanto mais forte e eficaz quanto mais participada for"

Chegou o momento de, daqui, da tribuna do Palco 25 de Abril, nesta 35.ª edição da Festa do Avante! – neste ano em que comemoramos o 90.º aniversário do nosso Partido e o 80.º aniversário do nosso Avante!, o jornal que dá o nome à Festa – agradecermos a quem devemos agradecer e saudarmos quem deve ser saudado.

Os agradecimentos são, como habitualmente, para as empresas e instituições, públicas e privadas, que, das mais diversas formas, connosco colaboraram, assim ajudando ao êxito da nossa Festa. São elas: Fertagus, Sul Fertagus, Transportes Sul do Tejo, Venamar, Fresh Water, Amarsul; câmaras municipais da Península de Setúbal, das quais destacamos a Câmara Municipal do Seixal; Câmara Municipal de Lisboa; Juntas de freguesia de Amora, Corroios, Fernão Ferro, Laranjeiro, entre muitas outras; Federação Distrital de Bombeiros, Bombeiros do Seixal, Cacilhas, Trafaria, Amora, Sesimbra, Sul e Sueste e Salvação Pública do Barreiro; Sociedade Portuguesa de Química; Núcleo de Física do Instituto Superior Técnico, Centro Ciência Viva de Constância, Departamentos de Química das Faculdades de Ciências e Tecnologia das Universidades de Coimbra e Nova da Lisboa; Museu do Neo-Realismo de Vila Franca de Xira e Museu Municipal de Estremoz;

Centenas de Associações, Colectividades e Federações Desportivas; Guarda Nacional Republicana e Polícia de Segurança Pública; População da Amora e vizinhos da Festa. Para todos o nosso agradecimento.

As saudações do colectivo do Avante! vão, em primeiro lugar, para os nossos convidados estrangeiros, os camaradas e companheiros de luta que, em representação dos partidos comunistas e outras organizações progressistas dos seus países, aqui vieram trazer-nos a sua solidariedade com a nossa Festa e com a nossa luta, essa mesma solidariedade que os comunistas portugueses manifestam para com as lutas travadas pelos trabalhadores e os povos de todos os países – uma solidariedade internacionalista que, sendo sempre importante, é-o ainda mais neste tempo que vivemos de capitalismo à solta, aumentando mais e mais a exploração dos trabalhadores e fazendo recair sobre eles as consequências da crise estrutural em que está mergulhado; exibindo mais e mais o seu carácter opressor e explorador e não hesitando, para impor o seu domínio, em recorrer a todos os métodos, incluindo a invasão e ocupação a ferro e fogo de países soberanos, destruindo, matando, espalhando a barbárie e o horror – mas também, e por tudo isso, tornando claro que há uma alternativa ao capitalismo; e que essa alternativa, que a luta dos povos conquistará mais tarde ou mais cedo, é o socialismo. E que o socialismo é o futuro da humanidade.

Este ano, temos connosco, aqui na nossa Festa, um elevado número de delegações estrangeiras – o mais elevado dos últimos anos, facto cujo significado sublinhamos.

É com grande satisfação e com grande camaradagem que daqui saudamos os camaradas e companheiros de luta vindas de: Alemanha, Angola, Argélia, Bélgica, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, Chile, China, Chipre, Colômbia, Coreia, Cuba, Dinamarca, Espanha, França, Grã-Bretanha, Grécia, Holanda, Irão, Índia, Irlanda, Itália, Japão, Ex-Jugoslávia, Letónia, Líbano, Lituânia, Marrocos, Moçambique, Palestina, Peru, Rússia, Sahara Ocidental, Suiça, Timor Leste, Turquia, Uruguai, Venezuela e Vietname.

A todos eles desejamos que tenham gostado da Festa do Avante!. A todos eles pedimos que transmitam aos militantes dos seus partidos as saudações de combate dos comunistas portugueses. A todos eles desejamos que regressem para o ano.

Saudamos agora os visitantes da Festa – e, de forma especial, os milhares de homens, mulheres e jovens que, não sendo militantes do PCP, aqui vêm todos os anos, ou aqui estão este ano pela primeira vez; aqui se encontram e convivem connosco; aqui vivem três dias neste ambiente de fraterna solidariedade, sentindo a Festa como sua porque nela se sentem como se estivessem em suas casas.

Numa situação normal, diríamos a esses visitantes que cá os esperamos no próximo ano. Mas a situação que vivemos não é normal, longe disso, e por isso queremos dizer-lhes algo mais. Queremos dizer-lhes que, para a dramática situação que pesa sobre os trabalhadores, o povo e o País – devido a 35 anos de política de direita praticada pela troika PS/PSD/CDS e devido, agora, ao programa da troika ocupante – a única resposta, o caminho certo para pôr termo a essa situação e a essa política, é a luta de massas. E que a luta será tanto mais forte e eficaz quanto mais participada for.

E aos amigos visitantes da Festa do Avante! dizemos: os dias, as semanas, os meses que aí vêm, são dias, semanas e meses de luta. Por isso, não esperem pela próxima Festa para voltarem a encontrar-se connosco. Encontremo-nos todos já no dia 1 de Outubro, na grande jornada de luta convocada pela CGTP; encontremo-nos em todas as acções de luta contra a política antipatriótica e de direita das troikas e por uma política patriótica e de esquerda.
E podem crer, amigos visitantes da Festa do Avante!, que esse será também um encontro fraterno, solidário e de festa – porque «a luta é a festa dos trabalhadores».

Aos construtores da Festa

Continuando a saudar quem deve ser saudado, daqui enviamos um forte e fraterno abraço de camaradagem aos construtores da Festa – que são muitos, que são mais de ano para ano, pois todos os anos se lhes juntam mais e mais jovens, assim assegurando o futuro e a juventude da nossa Festa e assim a afirmando cada vez mais como a Festa da Juventude.

As nossas saudações, então, para os camaradas e amigos – homens, mulheres e jovens, militantes e amigos do Partido – que durante meses, em jornadas de trabalho que somaram cerca de 7000 participações, construíram esta cidade nova, na base do trabalho voluntário e colectivo, em muitos casos oferecendo à Festa parte do seu tempo de férias, e sempre num ambiente de fraternidade, de camaradagem, de solidariedade, de amizade – um ambiente que, pela força das suas raízes e do seu conteúdo, é transmitido, depois, a todos os visitantes da Festa e faz dela, durante três dias, «o espaço com maior índice de fraternidade por metro quadrado existente em Portugal»

Sem a vossa intervenção, camaradas e amigos, militantes do PCP e da JCP, a nossa Festa não seria possível.

Saudamos esses outros construtores da Festa que são os, e as, camaradas que, nas organizações do Partido, em todo o País e nas emigrações, tiveram um papel relevante na divulgação da Festa; na promoção e venda das EP; na organização das excursões; na mobilização de camaradas e amigos para os turnos de serviço; na preparação do recheio dos pavilhões; nas mil e uma tarefas indispensáveis à construção da Festa.
Sem a vossa intervenção, camaradas e amigos, militantes do PCP e da JCP, a nossa Festa não seria possível.

Saudamos, ainda, os milhares de camaradas e amigos que durante três dias asseguraram o funcionamento da Festa: nas bilheteiras; nas portas; no posto médico; na segurança; na limpeza; na direcção e organização dos parques de campismo; na direcção dos múltiplos e diversificados espectáculos; nos diversos palcos; no interior das centenas de pavilhões, cumprindo sucessivos turnos de serviço; no acompanhamento às delegações estrangeiras; nos serviços centrais; enfim, nas múltiplas tarefas que o funcionamento de uma festa com esta dimensão exige.

Sem a vossa intervenção, camaradas e amigos, militantes do PCP e da JCP, a nossa Festa não seria possível.

Saudamos, finalmente, os camaradas que, porque chamados a outras tarefas de igual importância, não participaram directamente no processo de construção desta bela cidade nova: os camaradas dirigentes e delegados sindicais, membros da Interjovem e de comissões de trabalhadores e de comissões de utentes – os quais, durante esses meses, ocuparam a primeira fila da luta das massas trabalhadoras e populares contra a política antipatriótica e de direita e pela política patriótica e de esquerda que o PCP defende.

Também esses camaradas são construtores da Festa e também a eles há que dizer: sem a vossa intervenção, camaradas e amigos, militantes do PCP e da JCP, a nossa Festa não seria possível.

E resumindo tudo o que foi dito nestas saudações, diremos que o verdadeiro e decisivo construtor da nossa Festa é o nosso grande colectivo partidário comunista.

Porque, camaradas, esse papel determinante desempenhado por todos vós, – por todos os que construíram esta cidade do futuro; por todos os que divulgaram e promoveram a Festa; por todos os que asseguraram o seu funcionamento; por todos os que estiveram directamente empenhados na luta de massas – esse papel determinante, só foi possível graças à vossa acção abnegada, ao vosso esforço, à vossa inteligência, à vossa criatividade, à vossa militância revolucionária – e essas são qualidades só possíveis de encontrar nos militantes comunistas.

E são essas qualidades, camaradas e amigos, militantes do PCP e da JCP, que tornam possível a existência desta que é a maior e a mais bela iniciativa política, cultural, desportiva e de convívio realizada no nosso País – esta Festa construída pelos militantes deste nosso Partido Comunista Português.

Deste Partido que este ano comemora 90 anos de vida, de luta, de coragem, de coerência revolucionária – e que tem como fonte de força essencial o mais belo, o mais justo, o mais progressista, o mais humano de todos os ideais: o ideal de liberdade, de justiça social, de paz, de solidariedade, de fraternidade, de amizade: o nosso ideal comunista.

Viva a Festa do Avante
Viva a Juventude Comunista Portuguesa
Viva o Partido Comunista Português

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