A relação futura com os países de África, Caraíbas e Pacífico, deve assentar, antes de mais, no respeito pela independência e soberania dos Estados, no respeito pela vontade de cada povo.

O lastro de séculos de opressão e dominação colonial não desapareceu e permanece vivo nas relações actuais.

A interdependência assimétrica, o desenvolvimento desigual, são realidades que nos devem fazer colocar no centro deste relacionamento a cooperação para o desenvolvimento, o combate à pobreza, às desigualdades e às injustiças sociais.

Em lugar de procurar exportar modelos de organização do Estado e da economia, a União Europeia deve respeitar as legítimas opções e prioridades dos países ACP.

Em lugar de procurar perpetuar relações de domínio e de subjugação, para o que concorrem instrumentos como os ditos Acordos de Parceria Económica, a União Europeia deve reconhecer as necessidades específicas dos países ACP e o impacto negativo que neles têm as políticas de liberalização e desregulação do comércio internacional.

Em lugar de tentar dividir para reinar, a União Europeia deve respeitar a unidade e coesão dos países ACP.