Declaração de voto de João Ferreira no Parlamento Europeu

Negociações em matéria de comércio e investimentos entre a UE e os Estados Unidos da América

Ao contrário do que os grandes defensores do livre comércio apregoam, este acordo não vai favorecer a "criação de emprego de elevada qualidade para os trabalhadores europeus", não vai beneficiar "directamente os consumidores europeus", não vai abrir novas oportunidades para que empresas da UE vendam bens e prestem serviços nos EUA, ou pelo menos para as empresas de todos os países da UE, em particular as pequenas e médias empresas.
Abrirá certamente novas oportunidades a grandes multinacionais, como por exemplo, no acesso em pleno aos “mercados” de serviços públicos a privatizar.
Representará, acima de tudo, uma corrida para o fundo entre os dois lados do Atlântico, ao nível dos salários e condições de trabalho, das normas de protecção ambiental, dos direitos dos consumidores e salvaguradas de saúde pública.
Como afirmámos durante o debate, este é um daqueles temas capazes de separar as águas. Como seria de esperar, direita e social-democracia estão do mesmo lado, na defesa do livre comércio – um dos pilares do neoliberalismo que emergiu do Consenso de Washington.
Obviamente votámos contra.

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