Na sequência da declaração do Presidente da República, aquilo que pretendemos sinalizar neste momento,relativamente à situação no nosso país, de agravamento das condições de vida da população em geral, em que, no plano económico e social se avolumam um conjunto de problemas aos quais acrescem também um conjunto de episódios lamentáveis que envolvem os membros do Governo, consideramos que não se deve desviar as atenções daquilo que é central, daquilo que é crucial neste momento. E aquilo que os trabalhadores, os reformados, o povo reclama são respostas para os problemas com os quais estão confrontados.

Os salários e as pensões não chegam até ao fim do mês. Há dificuldades na habitação, dificuldades no acesso à saúde, dificuldades inclusivamente para colocar comida todos os dias na mesa. E, portanto, naquilo que o Presidente da República e o Governo se devem centrar, devem estar concentrados, é, de facto, na resposta a estes problemas. Não se aproveita os problemas para evitar as soluções que são necessárias.

Recordamos que há pouco mais de um ano e meio, a Assembleia da República foi dissolvida de forma intempestiva. Houve eleições. Há um governo de maioria absoluta. Não há nada que impeça o actual governo de dar resposta a estes problemas. E, portanto, a questão central é, neste momento, encontrar as soluções, avançar com as soluções para, naturalmente, resolver os problemas da vida das pessoas.